Na Escola Secundária de Fonseca Benevides (ESFB), no Alto de Santo Amaro, em Lisboa, é comum encontrar salas cheias de professores em frente ao computador com auscultadores e microfones.
Caso único no país, esta é a escola-sede do Ensino à Distância (EAD) em Portugal, como conta a professora Sara Monteiro, subdiretora da ESFB.
Os professores – do 5.º ao 12.º ano – são filmados por câmaras de vídeo, que os transportam para uma sala de aula virtual, onde está a turma que vão ensinar.
Parece uma escola do futuro, mas é a realidade de cerca de 70 alunos que no ano letivo 2019/2020 estão inscritos no EAD e que têm aulas online.
Nesta modalidade de ensino há fichas de exercícios, correções conjuntas e participação de todos os alunos da turma, só não existe presença física.
Os alunos do outro lado do écran
Os professores da ESFB chamam-lhes a “franja da sociedade”.
Do 5.º até ao 12.º ano, os alunos do EAD têm quotidianos particularmente diferentes da vida de jovens que frequentam o Ensino Básico ou Secundário, de forma presencial.
Podem ser filhos de artistas de circo, filhos de diplomatas, população itinerante, jovens em regime de internato, atletas de alta competição, estudantes internados devido a doença ou até alunos vítimas de bullying.
E quem pensa que os alunos têm a vida facilitada, por não marcarem presença física nas aulas, está enganado.
O EAD pressupõe empenho da parte dos alunos e uma disponibilidade necessária da parte do professor. E não há espaço para facilitismos.
Segundo o professor António Monteiro, estes alunos têm uma característica comum: são empenhados.
“[O Ensino à Distância] está a permitir que se consiga dar resposta a uma data de situações [de alunos] que dantes eram consideradas irrecuperáveis”, conta a professora Sara Monteiro.
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