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Home A tua Revista

Entrevista a Filinto Lima: “A escola é um elevador social que agora se move muito mais devagar”

Rita Costa Coelho por Rita Costa Coelho
03/05/2021
em A tua Revista, Em destaque, Entrevista, Escolas
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6 – O que representa para os docentes ser professor à distância, e quais são as suas principais dificuldades diárias em ser professor atualmente?

Para lecionar de casa para casa dos alunos, é preciso ter em conta determinadas condições.

Os professores do ensino não superior nunca previram esta possibilidade, não tinham formação, não conheciam todas as plataformas que agora utilizam diariamente, e esse foi um dos grandes desafios iniciais, largamente ultrapassado.

Por outro lado, lecionar à distância envolve muita resiliência e persistência, e essas são qualidades que os professores têm em abundância. E é preciso uma boa dose de coragem. Lecionar à distância para alunos que não estão, muitas vezes, em condições favoráveis para este processo de ensino-aprendizagem envolve muita desenvoltura da parte dos professores.

Identifico ainda duas grandes dificuldades. A primeira diz respeito à manutenção da motivação. Estar motivado não é fácil num sistema de ensino à distância, em que as distrações são inúmeras da parte dos alunos, e o controlo da situação pelos professores fica mais limitado. A avaliação é a segunda. Se nas aulas presenciais os elementos de avaliação, para além dos testes, são muito variados, contemplando fichas de trabalho, o comportamento, a participação e o envolvimento dos alunos nas aulas, os trabalhos realizados, etc. à distância, o paradigma da avaliação muda substancialmente. Reconheço que os nossos professores têm as competências e a capacidade necessárias para conseguirem cumprir este desafio com sucesso, mas destaco os constrangimentos alavancados por este plano de ensino.

7 – O corpo docente está cada vez mais envelhecido: no ano letivo de 2017/2018, quase metade dos professores, desde o pré-escolar até ao secundário, tinha 50 ou mais anos (46,9%), enquanto a percentagem dos que tinham menos de 30 anos era de 1,3%. A idade dos professores e o desgaste que a profissão provoca representam uma dificuldade adicional para os professores mais envelhecidos?

Os professores com mais idade são também os mais experientes, mais habilitados e fazem atualmente um trabalho excecional nas escolas portuguesas.

Na presente década, 58% dos atuais professores irão rejubilar-se. Por isso, eu temo que, nos próximos anos, tenhamos uma pandemia na educação, motivada pela escassez de docentes nas escolas. O nosso sistema educativo é tirano. Todos os anos, no dia 31 de agosto, coloca no desemprego dezenas de milhares de professores contratados, habilitados e com experiência consolidada. Questiono as razões que levam um país onde já se fala há vários anos nesta escassez de professores, incentivar e intensificar este procedimento anualmente?

Eu receio que brevemente estes professores comecem a procurar soluções profissionais alheias ao ensino. Creio que, num futuro relativamente próximo, vamos assistir a um fenómeno similar ao que se verificou nos anos 80 e 90: professores a chegar às escolas com as habilitações mínimas, não sendo isso o que queremos para o nosso sistema educativo. Queremos professores com a qualidade e competência dos atuais, mas não vejo qualquer indício por parte do Ministério da Educação em os acarinhar. Assim, antevejo que esta será a próxima pandemia, mais restrita, limitada à Educação, mas que, posteriormente, terá repercussões negativas noutras áreas sociais.

Um sinal de mudança já poderia ser dado este ano, o ano do grande concurso docente, no qual este governo poderia vincular a título excecional professores contratados. É necessário valorizar e dignificar a carreira docente. São numerosos os professores integrados nos quadros que estão desmotivados, muito por força das parcas condições laborais que os sucessivos governos têm dado para estes profissionais exercerem a sua profissão.

O governo tem de planear o futuro da Educação a médio e longo prazo. Neste sentido, é preciso motivar os jovens para esta carreira, pois atualmente são poucos, raros, os que a querem seguir, porque sentem que não é uma carreira valorizada nem dignificada.

Recordo-me que na minha infância éramos tantos a querer ser professores(as), e esta era uma profissão respeitada. É preciso acarinhar os professores. E, repetindo-me, os professores contratados, profissionais com mérito, ao invés de hipocritamente mandá-los embora no fim de agosto para, no princípio de setembro, recuperá-los, atribuindo-lhes, muitas vezes, um horário completo e novamente anual. Isto é precisamente o oposto do que deve ser feito, não conseguindo, desta forma, motivar as pessoas para o exercício pleno da sua profissão.

8 – A pandemia irá provocar danos ainda incalculáveis na saúde física e mental de todos nós, os professores por estarem na linha da frente estão mais predispostos a este cenário?

Os danos na saúde física e mental dos professores, alunos, funcionários, pais e encarregados de educação, de todos nós em geral é incontestável. Pode não ser muito percetível neste momento, mas os estudos e a opinião dos especialistas que têm vindo a ser veiculados e publicados, dizem-nos que nos próximos anos os efeitos na saúde mental serão um motivo de enorme preocupação, os quais devem merecer a devida atenção e intervenção antecipatória.

Nas escolas, o trabalho em prol da saúde mental já vem sendo realizado através dos Serviços de Psicologia e Orientação constituídos por psicólogos, educadores sociais, assistentes sociais, mediadores e outros profissionais. Ao primeiro sinal de alerta, procede-se à identificação dos alunos a estes serviços, onde são acompanhados por técnicos, e,sempre que necessário, é feito o encaminhamento para outras entidades ou serviços de saúde. Este é um trabalho deveras importante.

Nos próximos anos, teremos de estar muito atentos a esta área, que vai muito além dos atores educativos, e que realmente a escola não pode desprezar.

9 – As condições de trabalho desses profissionais deveriam também ser revistas para que, na mesma linha de raciocínio dos professores, continuem a reforçar esta área nas escolas?

Presentemente, o número de técnicos especializados existentes nas escolas é, sem dúvida, muito superior quando comparado com anos anteriores. Em Portugal, no que respeita aos psicólogos, o rácio é atualmente de um para 1200 alunos, embora a União Europeia recomende um psicólogo para 1000 alunos. Era um indicador bastante positivo se, brevemente, conseguirmos atingir o rácio aventado. Especialmente nos dias que correm, em sequência da pandemia e das suas repercussões nocivas inerentes, é preciso criar as equipas multidisciplinares que, na maioria das escolas já existem e empreendem um papel notável na prevenção. Este é um trabalho profícuo que tem um impacto muito significativo no quotidiano das escolas, dos nossos alunos e famílias.

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Comentários 1

  1. Natália says:
    5 anos ago

    … e para qd preparar a avaliação destes professores? Todo o modelo de avaliação docente está descontextualizada…. estes profissionais não podem ser prejudicados na sua carreira por razões q lhe são adversas… já nem falo em reconhecimento!!

    Responder

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