Terminado o primeiro grau académico, pensas em regressar à Universidade? Em que área?
A razão para terminar o primeiro grau académico foi, no fundo, essa. Isso e para apaziguar os meus pais que achavam um disparate eu não ter sequer uma licenciatura. Não acho que seja obrigatório no percurso de todxs, mas sem dúvida que a Universidade expande e dá ferramentas. Quero fazer um Mestrado em Teatro fora de Portugal, e talvez mais tarde algo em Filosofia e Literatura.
És um comunicador nato, já passaste pela Rádio Renascença, Mega Hits e agora estás na Rádio Comercial. Sendo a televisão uma das tuas grandes paixões, alguma vez estar no mundo da comunicação não esteve nos teus planos?
Obrigado pelo elogio! Acho que não. Falo muito desde que me lembro. Há uma história engraçada cá de casa de quando era muito pequeno, deveria ter uns 2 anos. Ía para a janela e falava para a rua, como se fosse um palanque. Tenho outros sonhos agora, mas há coisas que se mantêm. A televisão é uma delas.
Foste apresentador do Curto Circuito na SIC e foi esta a tua primeira experiência em televisão. Sabendo que as primeiras experiências são sempre marcantes e inesquecíveis, de que forma este programa te marcou e o que guardas com mais saudade desta passagem?
Fui muito feliz no Curto Circuito porque tínhamos total liberdade. Fomos a última geração de apresentadores que pôde fazer aquilo que nos dava na cabeça. Não acho que o meu sentido de humor tenha sido percebido por todos à época – nem por mim! -, mas foi fundamental como tiro de partida para um percurso muito imprevisível. Foi a recruta, sabes? Fez-me muito bem e fiquei amigo da Carolina, da Diana e do Diogo para o resto da vida. Falando de planos, quase nada foi o que imaginei. Consegui chegar a sítios que queria, como foi o caso da Radar, da Mega ou da Comercial, e fiz coisas que sonhei como o “Filho da Mãe” ou a “Avenida Q”, mas não tive a carreira de apresentador de televisão que imaginei quando comecei. Queria ser o John Stewart ou o Graham Norton. Não me correu mal de todo, mas não furei sempre onde queria ter furado.