Entrevista | Tay, o artista que tu gostas de ouvir!

Com 20 anos, Tiago Amaral, Tay, conquistou o mundo da música portuguesa com as suas músicas r&b e hip hop, e com os seus passos de dança. O “Chris Brown português” esteve à conversa com a Mais Educativa e contou-nos tudo sobre a sua carreira.

<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/CBDEbaKAJb5/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" data-instgrm-version="13"> Ver esta publicação no Instagram Uma publicação partilhada por TAY? (@iamtayofficial)

Como e quando é que a música surge na tua vida? A música sempre fez parte da minha vida, desde que me lembro de mim. Em criança, brincava a tocar instrumentos e cheguei a cantar no coro da igreja. A minha paixão pela música foi sempre enorme.

Onde e porque é que aprendeste a dançar? Aos 9 anos, vi o Michael Jackson na televisão e fiquei cheio de vontade de fazer o mesmo que ele. Foi automático. Comecei a vê-lo vezes sem conta e a imitar o que ele fazia. Basicamente, chegava da escola e ia ver e rever o filme dele e os vídeos. Foi daí que veio a minha vontade em querer aprender a dançar.

Antes da música, participaste no Got Talent Portugal, em 2017. Participei com o Kenny, em nome do grupo TK. Nesta fase, o meu objetivo era ser bailarino. Tinha o grupo com mais 7 elementos e a ideia da participação foi ganharmos visibilidade. Apesar de já cantar, nesta fase a dança era o meu principal foco.

Em 2018 lanças duas músicas, “Gang Gang” e “She Love Me”. Passado um ano sai a “Pensa Bem”, com o Dylan, que muda a tua vida completamente. Estavas à espera? Conta-nos como tudo aconteceu! Eu acho que era a única pessoa envolvida em todo o processo que não acreditava muito que ia ter assim tanto sucesso. Adorava o que estava a fazer, mas a confiança tem sido algo que tem vindo a crescer devagar. Eu pensava que estava a fazer um estilo de música ao qual as pessoas não iam ligar. O que tenho aprendido é que o importante é mesmo fazeres o que gostas, independentemente do resultado final.

Depois segue a “Não Preciso”, também com o Dylan. Mais um sucesso. Qual o segredo para esta onda de sucesso? Não há segredo para o sucesso. As músicas foram feitas por nós no meu quarto, com uma guitarra e um papel. É daí que tudo surge. Foi um trabalho único e original, sem nenhum tipo de material ou técnicas mais profissionais.

Mais recentemente lançaste a “Coisas Que Gostas”, com produção do Deejay Telio. O que nos podes contar sobre a canção? É uma continuação da ideia do “Não Preciso”. Fala sobre o papel das mulheres no mundo e do que é preciso para as fazermos felizes. Não é preciso fama nem dinheiro para fazer uma mulher feliz, bastam coisas simples e verdadeiras. Além disso, também é um tema feliz, que fiz questão de lançar num ano negro, para passar uma boa mensagem. O beat era do Deejay Telio, e juntos desenvolvemos em estúdio a ideia.

Com 20 anos já foste nomeado para prémios, contas com singles dupla platina, platina e um de ouro. Qual é a sensação? Não sei explicar. Quando recebi os galardões fiquei muito feliz, mas sinceramente não ligo muito a prémios. O principal são os meus fãs – foram eles que chegaram àqueles números e me deram aqueles pré-mios.

És apelidado por muitos o “Chris Brown português”. Gostas do rótulo? Gosto. Ele é uma das minhas maiores inspirações, portanto compararem-me com alguém que eu acho tão talentoso só pode ser bom para mim.

Misturas o português com o inglês, é muito natural para ti. Sentes que hoje é uma tendência? Para mim é natural porque sempre ouvi música em inglês, até era mais próximo do inglês. Só mais recentemente comecei a dedicar-me mais a ouvir música portuguesa. A minha música também é diferente por essa mistura, mas não acho que seja uma tendência de agora porque já existem músicas em português com palavras em inglês há muito tempo. Por exemplo, o Jimmy P faz isso há anos.

Falas muito dos “teus rapazes”. Andas sempre com o teu grupo, que até dança nos teus vídeos. São a tua crew ? Os meus rapazes são o meu grupo, são a minha família. Estamos juntos desde 2015, dançamos juntos, trabalhamos todos no processo de criação de uma coreografia. Eles significam tudo para mim, sem eles não conseguia chegar onde cheguei.

Principais influências? Chris Brown, Michael Jackson, Angélico Vieira.

Se o TAY de hoje se cruzasse com o TAY dos tempos de ouvir música e dançar no quarto, o que diriam um ao outro? Boa pergunta! Acho que diria “obrigado por não desistires”. Eu dedicava-me todos os dias, no meu quarto, a cantar e a dançar, até ter chegado aqui.

Artistas com quem gostarias de trabalhar, nacional e internacional? Não imagino muito isso, para acontecer teria de acontecer de forma natural, orgânica. Não tenho assim nenhum sonho nesse aspeto.