Um curso que se escolhe por paixão. É desta forma que o André Rocha olha para a Arquitetura, uma licenciatura exigente e que ocupa muito tempo, e da qual é preciso gostar realmente para que seja gratificante. E no que diz respeito à integração no Ensino Superior, defende que fazer parte da Associação de Estudantes fez toda a diferença.
Nome: André Rocha
Universidade/Faculdade: Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (FAUL)
Curso/Ano: 5º ano do Mestrado Integrado em Arquitetura
Objetivo Profissional: Exercer, com qualidade e satisfação pessoal, a profissão de arquiteto no nosso país
Porque é que escolheste esta área de formação?
A arquitetura sempre foi uma área que me fascinou desde muito cedo, e o meu gosto pelo desenho desde criança, e de no futuro trabalhar numa área que me desse satisfação fazendo aquilo que mais gosto, ajudou.
O que destacas no teu curso?
O curso de Arquitetura é um curso maioritariamente prático, com uma grande componente sociológica e cultural. A multidisciplinaridade do curso é uma das suas maiores vantagens e interesses, preparando-nos não só como profissionais, mas também como pessoas melhores e cidadãos mais conscientes.
Quando escolheste o curso, olhaste para o fator emprego? O que esperas que ele te proporcione na altura de entrar para o mercado de trabalho?
O fator emprego não foi uma coisa que afetasse a minha escolha quanto ao curso, pois para mim a realização pessoal (como já referi anteriormente) é mais importante do que o fator financeiro – mas claro que continua a ser uma preocupação para o futuro.
Uma vez que estou atualmente no 5º ano do curso, já consegui ter uma experiência profissional num ateliê, e a realidade é um pouco diferente da que eu, enquanto aluno, esperava. Mas acredito que, mesmo depois de entrar no meio profissional, os primeiros anos servirão sobretudo para adquirir experiência e continuar a aprender.
“Não é um curso que possa vender e dizer ‘escolhe arquitetura porque…’, simplesmente é um curso do qual temos realmente de gostar e querer, porque só dessa forma conseguiremos encará-lo como algo gratificante.”
O que muda do Ensino Secundário para o Ensino Superior?
A minha experiência de transição do Secundário para o Ensino Superior não foi muito abrupta, pois vim de uma escola (Escola Secundária Artística António Arroio) em que a exigência e a carga horária eram muito semelhantes às que tenho neste momento. Também por isso sinto que vim bastante bem preparado para o Ensino Superior.
O que precisaste de fazer para te adaptares ao mundo universitário? Em que é que sentes que mudaste?
Sinceramente não senti uma mudança muito abrupta, mas continua a ser uma realidade bastante diferente, principalmente fora do contexto de aulas. A meu ver, a minha adaptação foi muito mais fácil devido a ter pertencido à Associação de Estudantes da Faculdade de Arquitetura nos últimos quatro anos, uma experiência que me fez crescer bastante enquanto pessoa, e adquirir conhecimentos noutros campos para além do curso.
Que qualidades e competências consideras essenciais para ter sucesso no Ensino Superior?
Não acho que deva existir uma qualidade ou competência em específico. Acho sim que os alunos devem ser sempre pessoas dispostas a aprender e com uma mente aberta para novas experiências – porque são elas que, a meu ver, mais nos enriquecerão no futuro. O Ensino Superior é apenas mais uma etapa da nossa vida, e temos de a encarar como tal. Quanto ao nosso sucesso nessa etapa, será definida por nós próprios.
Na tua opinião, porque devem os jovens escolher esta área de formação?
O curso de Arquitetura é muito exigente e rouba-nos inesperadamente a maior parte do nosso tempo. Não é um curso que possa vender e dizer “escolhe arquitetura porque…”, simplesmente é um curso do qual temos realmente de gostar e querer, porque só dessa forma conseguiremos encará-lo como algo gratificante.
[Foto: cedida pelo entrevistado]
Esta entrevista é parte integrante do Guia de Acesso ao Ensino Superior 2017/18 da Mais Educativa, disponível para consulta aqui.