Quem o diz é Pedro Lourenço, atualmente Ótico-optometrista responsável de loja. Para ele, esta “é uma profissão onde a monotonia não existe, onde cada dia é um dia diferente, com pacientes e casos diferentes”. Iniciou-se desde muito cedo na área e apaixonou-se por aquela que é hoje a sua profissão.
Nome: Pedro Miguel Pêgo Lourenço
Empresa e Atividade: Ótico-optometrista na Ótica Central do Calhariz
Formação: Diplomado em Optometria pela Escola Portuguesa de Ótica Ocular; Curso de Contactologia pela Escola Portuguesa de ótica Ocular; Curso Técnico-Profissional de Ótica Ocular pela Escola Secundária José Gomes Ferreira; a terminar o último ano de licenciatura em ótica-Optometria
Que atividade(s) profissional(is) desempenha atualmente?
Atualmente sou ótico-optometrista responsável de loja, mas posso dizer que faço de tudo um pouco, dentro do ramo da ótica: dentro da Optometria dou consultas e faço avaliações optométricas para diversos fins; prescrevo não só graduações mas também todo o tipo de ajudas visuais; na Contactologia, realizo adaptações de lentes de contacto e acompanhamento pós-adaptação; faço todo um trabalho de oficina, como montagens de óculos, reparações e ajustes à cara do cliente; e a nível de balcão, faço todo um acompanhamento e aconselhamento das melhores soluções visuais para cada paciente.
Outra das minhas atividades é o ensino – desde 2005 que leciono Contactologia na Escola Portuguesa de ótica Ocular (EPOO), no curso de Optometria.
Costumo dizer que a Optometria ou se ama ou se odeia, mas para quem se apaixone pela área é uma profissão extremamente gratificante. Tem também um ponto forte a favor: nos dias que correm, a Optometria em Portugal ainda tem uma taxa de empregabilidade bastante elevada.
Sente-se realizado diariamente com a sua profissão? Porquê?
Sim, sinto-me bastante realizado, porque tenho a felicidade de estar a fazer o que gosto, uma vez que esta foi a profissão que eu escolhi. Iniciei-me desde muito cedo na área e apaixonei-me pelo ramo. Depois, porque esta é uma profissão onde a monotonia não existe, cada dia é um dia diferente, com pacientes e casos diferentes, e chegarmos ao fim do dia e sabermos que contribuímos para restabelecer a visão de uma pessoa, ou simplesmente melhorámos a qualidade de vida de alguém, é extremamente reconfortante.
Que papel desempenhou a sua formação superior para hoje ser um bom profissional? De que forma é que o preparou?
O papel desta formação superior foi o de aprofundar conhecimentos já adquiridos no anterior curso e do desenvolvimento de competências, nomeadamente em áreas específicas da Optometria, como o caso da baixa-visão, optometria pediátrica, optometria geriátrica, etc. É todo um volume de conhecimento que nos permite ter uma certa “bagagem” e uma maior capacidade de resposta aos casos que nos aparecem.
Em seu entender, o que é mais importante na transição da universidade para o mercado de trabalho?
Em Optometria, tanto a preparação como a competência e as valências dadas pela formação são fundamentais. Não nos podemos esquecer que lidamos com pacientes e trabalhamos com cuidados primários de visão. Somos a linha da frente na deteção, rastreio e prevenção de problemas e patologias oculares, e cada vez mais o paciente recorre primeiro ao optometrista em caso de dúvida ou problema, e só posteriormente é encaminhado para oftalmologia. A preparação destes profissionais tem de ser de excelência em todas as áreas, e o reflexo disso é a licenciatura de ótica-Optometria do ISEC, onde a excelência do corpo docente, com experiência firmada nas diferentes áreas, assim como todo suporte laboratorial presente nas instalações, são mais-valias. Hoje em dia, como em todas as áreas, mas principalmente em áreas ligadas à saúde, a formação é fundamental, e a Licenciatura é naturalmente o caminho a seguir para quem queira fazer uma carreira em Optometria.
Que conselhos pode dar aos jovens que estejam indecisos na escolha desta área de formação?
Costumo dizer que a Optometria ou se ama ou se odeia, mas para quem se apaixone pela área é uma profissão extremamente gratificante. Tem também um ponto forte a favor: nos dias que correm, a Optometria em Portugal ainda tem uma taxa de empregabilidade bastante elevada. Penso que andará na ordem dos 90%, o que representa uma excelente saída para o mercado de trabalho.
[Foto: cedida pelo entrevistado]
[Esta entrevista é parte integrante do Guia de Acesso ao Ensino Superior 2016/17 da Mais Educativa, disponível para consulta aqui.]