CIAJG inaugura programa de arte, música e pensamento para reescrever a gramática do museu contemporâneo
No dia 8 de outubro, o CIAJG, inaugura um novo programa que pretende promover a arte, a música e o pensamento para reescrever o conceito de museu contemporâneo.
O Centro Internacional das Artes José de Guimarães comemora este ano 10 anos e para marcar as comemorações do seu aniversário, desenvolveu um programa intenso que propõe renovar a forma como nos relacionamos com o museu e as suas coleções.
Vão ser realizadas exposições, ao ritmo de muita música, bem como pautadas pelos debates, o CIAJG estará preenchido com diferentes dimensões. Este conceito permite ao público experimentar novas formas de encontro e fruição, envolvidas pela política, identidades e subjetividades.
Este programa é composto por três novas exposições: Heteróclitos: 1128 objetos, a coletivaThings in Motion e a individual de Sara Ramo, Atirando Pedras.
O Antimuseu, um programa de música, está inserido nesta programação, cuja inauguração tem data marcada para o dia 8 de outubro, às 17h00. Numa parceria com a Revolve, vai prolongar-se pela noite dentro com intervenções artísticas contínuas de Ana Pacheco, James Holden + Waclaw Zimpel, Lila Tirando a Violeta e Dakoi.
Para além dos encontros culturais, este novo programa insere os Encontros Heteróclitos, um espaço onde o “pensamento” é o protagonista. A sessão inaugural decorre durante a tarde do dia 29 de setembro, quinta-feira. Estes Encontros Heteróclitos reúnem, em Guimarães e no Porto, um grupo de pessoas que atuam em diferentes áreas (estudos pós-coloniais, antropologia, arquitetura, educação, sociologia, filosofia), reunindo nomes como Zoy Anastassakis, Martin Corullon, Bruno Sena Martins, Diogo Passarinho, María Iñigo Clavo, Mariana Pestana, Mariana Pinto dos Santos, Mário Moura, Marta Lança, Paulo Mendes, Paulo Moreira, Sofia Victorino ou Tiago Castela.
Segundo Marta Mestre, diretora artística do CIAJG,
O programa idealizado pelo CIAJG para o dia 8 de outubro propõe refletir sobre a natureza ‘heteróclita’ do museu contemporâneo, aquele que reúne acervos de procedências muito distintas. É uma questão estética, política, mas também ecológica: como gerar num “território”? Estamos a preparar uma inversão dos lugares habituais no museu: os concertos decorrerão nas reservas onde habitualmente as obras estão guardadas, e as salas de exposição acolherão os 1128 objetos da coleção. É um gesto que inverte papéis, que destabiliza para gerar outras relações de espaço, tempo e corpos.
As visitas ao CIAJG podem ser realizadas de terça a sexta, das 10h00 às 17h00, e ao sábado e domingo, das 11h00 às 18h00. As entradas têm o custo de 4 euros ou 3 euros com desconto, permitindo percorrer e explorar todas as exposições patentes e é gratuita para crianças até 12 anos e ao domingo de manhã.