No Poupar Está o Ganho: projeto de literacia financeira já chegou a mais de 53 mil alunos e volta a abrir inscrições
A literacia financeira tem ocupado algum espaço, desde a idade escolar, para criar futuros consumidores mais conscientes das suas compras e decisões. Mas é ainda um desafio. Assim, a Fundação Dr. António Cupertino de Miranda desenvolveu um projeto educativo o “No Poupar Está o Ganho” que, em 12 anos, chegou a 53.600 alunos. Este ano, prepara-se para uma nova edição, cujas inscrições já estão abertas para professores do Pré-Escolar ao Secundário.
De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos da OCDE, 1 em cada 4 estudantes com 15 anos não consegue tomar decisões simples sobre os seus gastos diários. O “No Poupar Está o Ganho” deu a oportunidade a 53.600 alunos do Pré-escolar até ao Ensino Secundário de integrar atividades de desenvolvimento de aprendizagens em áreas como planeamento e gestão do orçamento, sistemas e produtos financeiros, poupança, crédito, seguros, direitos e deveres do consumidor e economia circular
Para a 13.ª edição, está disponível um formulário de pré-inscrição online e todos os professores desde o pré-escolar ao ensino secundário podem apresentar a candidatura e fazer parte deste programa que visa alterar comportamentos através da partilha de conhecimentos.
A Presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, Maria Amélia Cupertino de Miranda, afirmou:
Existe um impacto real na mudança de comportamentos dos alunos. Nomeadamente, uma maior consciencialização para a importância do dinheiro e da poupança, uma maior empatia perante as despesas familiares e uma maior compreensão dos preços ou dos meios de pagamento utilizados pelos pais. Para além disso, notamos também um impacto real nos conhecimentos.
Segundo um estudo de medição de impactos sociais do projeto, realizado entre 2018 e 2020 pelo Grupo de Investigação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto comprovou que 22,87% dos participantes no “No Poupar Está o Ganho” melhoraram o seu desempenho a Matemática e ainda confirmou que melhoram a sua atitude e gestão emocional face a decisões quotidianas de finanças pessoais e familiares.