Luís Ganito – Aluno de Finanças Empresariais no ISCAL
Amante do desporto, descreve-se como tendo um “espírito aberto” e por isso desde cedo quis experimentar várias modalidades, desde basquetebol, futebol, rugby, andebol e até mesmo voleibol.
Dentro do contexto universitário, Luís juntou-se à equipa de voleibol da AEISCAL, contribuindo para a subida de divisão e a vitória do campeonato universitário da segunda divisão. Contudo, a sua grande paixão é sem dúvida o basquete e foi este o desporto que sempre levou mais a sério, por ter praticado durante muitos anos. Por esta razão, ficou responsável por esta modalidade dentro da associação de estudantes, o que lhe conferiu um maior sentido de responsabilidade e espírito de equipa, que o levaram a organizar a AE em prol do desporto.
“O desporto universitário foi um grande complemento à faculdade, acabei por conhecer muitas pessoas neste contexto, que de outra forma não teria conhecido. Enquanto responsável pelo desporto na AEISCAL, o que sinto mais orgulho é ter conseguido juntar centenas de pessoas e irmos todos juntos para a cidade universitária assistir aos jogos para apoiar as nossas equipas e isto fez com que criássemos um grande espírito de união dentro do ISCAL”.
Francisca Azevedo – Aluna da NOVA Medical School
Nadadora de alta competição durante vários anos, Francisca aliou-se à equipa de natação da NOVA logo no segundo ano de curso, mas devido à exigência e ao tempo de estudo, viu-se obrigada a deixar de lado o desporto enquanto federada e está mais presente atualmente enquanto hobby.
Apesar de continuar a participar em competições universitárias, como não é atleta de alto rendimento não teve acesso às piscinas durante o período de confinamento o que levou a jovem a sentir-se abatida e stressada. Um bom exemplo de como o desporto tem influência não só na parte física como na parte emocional e mental. “O desporto para mim, neste caso a natação era um escape, porque uma coisa que me disseram desde cedo em relação ao curso de medicina foi para não estudar apenas e ter outras coisas com que distrair a cabeça. Para além disso tem uma componente social muito importante e ajuda muito na concentração. Quando eu faço exercício logo pela manha o meu dia é muito mais produtivo e eu própria gosto de me sentir ativa e saudável.
Rui Bragança – Formado em Medicina na Universidade do Minho
Rui Bragança, foi o primeiro atleta português a vencer um combate de taekwondo nos Jogos Olímpicos. É de Guimarães e formou-se em Medicina na Universidade do Minho. É atleta do Sport Lisboa e Benfica e optou por não exercer a profissão de médico para se dedicar a 100% ao taekwondo.
Quais foram as principais dificuldades em conciliar o curso de Medicina e o desporto?
A gestão do tempo, as constantes sobreposições de horários entre aulas, treinos, competições e quando faltava era preciso compensar as aulas e isso era realmente muito complicado de gerir.
Na vida académica, os convívios e as festas estão sempre presentes como gerias a tua vida social?
Havia sempre festas e jantares que eu não podia ir, mas eu nunca senti que os meus colegas ou amigos me cobrassem isso. Eu também fazia coisas que eles não faziam e tinha oportunidades que eles não tinham. Sempre esteve totalmente claro na minha cabeça, qual era o meu objetivo e quais eram as minhas prioridades. Claro que sempre que havia oportunidade estava presente, mas isso era uma exceção à regra.
Quais as vantagens de ser estudante-atleta?
Muitas! Mas, especialmente ter a oportunidade de conhecer novas culturas e fazer amizades em todo o mundo. Claro que há competências que também se vão adquirindo e que são úteis em qualquer fase da vida ou em qualquer área como por exemplo: a capacidade de gerir o tempo, gerir tarefas, delegá-las (o que nem sempre é fácil) e atuar sobre pressão.
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