A crise pandémica no nosso país está cada vez a tomar proporções maiores. Esta quarta-feira, os números de casos e de mortes por covid-19 em Portugal foram os mais altos desde o inicio da pandemia. Tendo-o boletim epidemiológico registado 219 mortos e 14 647 novos infetados, o que obrigou o governo a reunir e voltar atrás na decisão de manter os estabelecimentos de ensino abertos.
De acordo com o JN, esta decisão foi tomada ontem à noite, numa reunião ente António Costa e os ministros da Educação, Saúde, Presidência e Ensino Superior.
Creches, escolas e universidades, todo os estabelecimentos de ensino devem encerrar já a partir desta sexta-feira.
O anuncio será feito pelo primeiro-ministro esta quinta-feira, logo após a reunião do Conselho de Ministros.
Apesar do número de casos esteja a aumentar diariamente, a principal razão para esta tomada de decisão foi o crescimento da circulação da variante britânica, que é mais agressiva para as crianças.
As informações sobre esta nova variante foram decisivas na avaliação dos riscos que era manter as escolas abertas.
No entanto, fonte próxima do Governo refere que a decisão não tem por base qualquer consideração de que as escolas sejam fator de propagação. “O principal objetivo é obrigar o país a parar”, pois continua a haver níveis excessivos de circulação, apurou o JN.
O presidente da República, também contribuiu para colocar pressão sobre o Governo, exigindo que a ponderação sobre o fecho fosse feita entre quarta e quinta-feira, como acabou por acontecer.
De autarcas a responsáveis hospitalares, foram várias os apelos para o encerramento das escolas. Entre eles a do presidente do PSD, Rui Rio.
Em entrevista à RTP3, a ministra da Saúde admitia já o fecho dos estabelecimentos de ensino, face ao agravamento da pandemia em Portugal.
Algo que, já se tinha verificado em algumas faculdades, por exemplo, a Universidade Católica Portuguesa, que adotou o ensino via online até ao final deste novo confinamento.