A vacina é segura? Sou obrigado a tomá-la? Quando serei vacinado? A vacinação contra a Covid-19 vai começar este domingo, dia 27 de dezembro, e ainda há várias dúvidas à volta desta temática. Aqui vamos esclarecer algumas.
A vacina é segura?
Sim, os testes experimentais a três vacinas contra a Covid-19 mostraram resultados encorajadores. A vacina da Pfizer e da BioNTech — a primeira a chegar a Portugal — mostrou uma eficácia de 95%. A da Moderna, desenvolvida nos Estados Unidos da América, provou uma eficácia de 94,5%, enquanto a russa Sputnik V chegou aos 90%.
Quem são as primeiras pessoas a ser vacinadas?
Os profissionais de saúde que estão “na linha da frente” na luta contra o novo coronavírus terão prioridade na vacinação. Há cinco centros hospitalares universitários que vão começar a vacinar médicos e enfermeiros já este domingo, um dia depois da vacina desenvolvida pela Pfizer-BioNTech chegar a Portugal. São eles: o Centro Hospitalar Universitário de São João, o Centro Hospitalar Universitário do Porto, o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e os Centros Hospitalares de Lisboa Norte e Central.
E eu quando serei vacinado?
O plano de vacinação está dividido em três fases: na primeira estão incluídos os profissionais de saúde acima referidos, as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas e os funcionários de lares e unidades de cuidados continuados. Na segunda fase serão vacinadas as pessoas com mais de 65 anos e, por fim, na terceira fase o resto da população. Ainda não há uma data específica para as pessoas sem riscos associados (jovens e saudáveis) mas, de acordo com a norma sobre a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 publicada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), a vacina da Pfizer é indicada para “pessoas com idade igual ou superior a 16 anos”. Os testes feitos à maioria das vacinas não incluiu crianças.
A vacina é obrigatória?
Não. O coordenador da equipa criada pelo Governo para gerir o plano de vacinação, Francisco Ramos, afirmou no Parlamento que a “vacinação é voluntária” e que “seria um enorme erro torná-la obrigatória”. “Quem recusar receber a vacina deve ser respeitado”, afirmou. Também Marta Temido, ministra da Saúde, já frisou que a vacinação terá “caráter universal, gratuito e facultativo”.
Quem já esteve infetado terá de ser vacinado?
Ainda não há uma resposta clara para esta questão. Os ensaios clínicos incluíram pessoas que já estiveram infetadas, mas a DGS afirma que numa primeira fase, “em que a disponibilidade das vacinas ainda é limitada”, estas pessoas não terão prioridade na vacinação.