Assim que chega o verão e terminam as aulas, são muitos os jovens que trocam as férias por um emprego. A Sara e o Ruben decidiram tirar o curso de Nadador-Salvador, ambos apaixonados pelo mar e por ajudar quem precisa quando é preciso. A Mais Educativa esteve à conversa com estes jovens que partilham contigo como é vestir a camisola amarela e ser Nadador-Salvador.
SARA CAIRRÃO
O que te levou a seguir esta formação?
Desde pequena que gosto muito de praia e sempre me senti ligada ao mar e à vida marinha. Aliado a este gosto, está o facto de gostar de lidar com pessoas e de ajudar os outros.
O que é preciso para se ser Nadador-Salvador?
Em primeiro lugar, é necessário procurar um curso certificado pelo ISN e fazer a prova de admissão prática, que consiste numa prova de corrida e outra de natação. Além disso, é obrigatório que se cumpram outros requisitos. À data do curso, a idade mínima é 18 anos e é exigida a escolaridade obrigatória. Em caso de admissão, inicia-se o curso, que tem a duração aproximada de 6 semanas, sendo necessário possuir robustez física e perfil psíquico, comprovados por atestado médico. O curso é formado por uma componente prática e outra teórica. No final do curso, é-se avaliado em ambas as componentes e, para se receber a certificação, é imprescindível concluir as duas com aproveitamento.
Qual foi o episódio que mais te marcou, até hoje, nesta profissão?
Formei-me apenas no ano passado e felizmente não tive ainda episódios que me marcassem pela negativa. Saliento, de forma positiva, a forma como as crianças interagem com os Nadadores Salvadores e o respeito que mostram, algo que muitos adultos não fazem.
No final de um dia de trabalho como te sentes em exercer esta função?
No final de um dia de trabalho na praia, sinto-me habitualmente cansada, especialmente aos fins-de-semana e em especial agora em época de pandemia, em que é necessário salvaguardar também a saúde pública. Infelizmente, muitas pessoas têm alguma dificuldade em cumprir o que está estipulado.
Para os que gostavam de tirar o curso de Nadador-Salvador que conselhos podes dar?
Prepararem-se fisicamente para a prova de admissão, prepararem-se psicologicamente para situações de risco e mantenham-se em forma. Além disso, é necessário estar-se ciente de que é uma atividade na qual há a possibilidade de se arriscar a vida pelos outros.
RÚBEN RIBEIRO
Porque decidiste realizar esta formação?
Decidi realizar esta formação uma vez que a paixão pelos desportos aquáticos, nomeadamente o bodyboard, é algo que me acompanha desde pequeno.
Como te sentiste a primeira vez em que exerceste a função de Nadador-Salvador?
Confesso que na primeira vez em que prestei serviços na praia enquanto Nadador-Salvador senti-me um pouco inquieto, isto porque estava sempre em alerta.
Depois de completares o curso e começares a exercer o cargo, sentiste que foi uma realidade completamente diferente?
Claro que quando aplicamos as coisas na prática é sempre diferente. E a verdade é que por muito que julguemos que sabemos da parte teórica, só com a experiência é que se adquire conhecimento. Todos os trabalhos têm inerente uma certa responsabilidade e neste caso, o sentido de responsabilidade está bem presente. Afinal podemos ter vidas de pessoas em risco.
Quais são os maiores desafios que sentes em ser Nadador-Salvador?
No que concerne aos desafios patentes neste trabalho admito que o maior desafio que poderia ter é saber que a vida das pessoas dependem do que fazemos.
Neste tipo de trabalho é preciso agir de imediato. É fácil para ti conseguires agir no exato momento?
Como disse anteriormente, o estado de alerta e de responsabilidade é enormíssimo, por isso agir de imediato é algo que surge com naturalidade, porque é isso que pode diferenciar o estado da vítima.
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