Private Party é o novo álbum do Waze, que convida todos os fãs a conhecerem o seu lado mais privado e sentimental, ao mesmo tempo que convivem com o seu lado mais divertido e descontraído.
A Mais Educativa entrou na sua festa privada para descobrir tudo sobre este novo álbum e sobre o percurso e desejos deste músico em ascensão.
O que te levou a lançares o novo álbum Private Party?
O que me levou a lançar o álbum foi a vontade de me expressar. Na altura em que gravei o álbum Karma senti que espelhei a minha mensagem mas que ficou muita coisa por dizer, daí vi logo a surgir, em tão pouco tempo, outro álbum que é algo que me define mais como artista e o que define mais o que é o Waze. O outro era um Waze ainda meio influenciado por várias vibes. Este não, é um Waze na sua essência. É a diferença dos álbuns.
Como foi fazer as colaborações com todos os artistas do álbum?
Foi incrível! Eu tenho o orgulho de dizer que tenho no álbum os melhores artistas nacionais, de todas as áreas. David Carreira é main stream, artista número um. Em termos de batida, tenho o Deejay Telio, também, artista número um. Tenho os artistas do momento, os que dão em todos os clubes: Supa Squad e Mc Zuka. O Ivandro é uma das vozes mais promissoras e também entra numa música. É um squad de estrelas neste álbum, não tem como falhar.
Qual foi o single que mais gozo te deu fazer?
A minha favorita é a Minha Ex com o Deejay Telio. É a mais forte do álbum. A dica da música: “Se tu fosses tão boa, não eras minha ex” é muito forte. É uma frase forte e acho que é um grande som, é o melhor som do álbum na minha opinião.
Qual foi o momento na tua carreira musical e no teu caminho até aqui, em que sentiste a pressão e que era o momento decisivo, no sentido de passar para o sucesso ou de “ficar por ali”?
Acho que em todos os videoclips que lanço sinto a pressão. Sinto que tem de ter sucesso. Não sou um artista conformado, sou um artista em ascensão, é diferente. Portanto, cada som é uma batalha e temos que vencer todas para chegar ao topo, não podemos perder nenhuma.
“Vejo as críticas como publicidade”
Estavas à espera de ter um sucesso tão grande e tão repentino?
Não estava à espera. Apesar de toda a popularidade que tenho conquistado acho que ainda falta um grande caminho, ainda falta muito para chegar ao objetivo. Se calhar alguns artistas podiam se conformar, ter só algum mediatismo… Mas isto para mim ainda não é nada. Estamos a 10% dos 90% que queremos conquistar. Estamos preparados para esses 90% que faltam.
Só tens 19 anos, ainda és muito novo, como consegues lidar com tudo? Não tens uma vida normal…
Eu tenho 19 anos mas sempre lidei com pessoas mais velhas, o que faz com que tenha uma mentalidade mais madura do que, se calhar, a maior parte dos jovens. As convivências moldam um pouco a tua personalidade. Eu não me sinto um jovem de 19 anos em, termos mentais e de negócio. Sinto-me mais velho e uns passos à frente, devido às pessoas que tenho do meu lado.
Até agora, qual foi o single que mais gostaste de fazer e com quem gostaste de fazer?
Gosto de todas. A Cellphone diverti-me imenso a gravar, é uma música que acho que tem todo o potencial para ser um hit de verão e acho que é uma música divertida, alegre, que as pessoas vão sempre ouvir. Vai animar o dia deles um bocadinho e isso é a nossa missão, conseguir mudar os sentimentos das pessoas através da música.
O teu início não foi fácil… Tentaste lançar-te no mundo da música e o teu primeiro vídeo teve muitas visualizações, mas não pelo lado positivo. Conta-nos como foi esse início.
Acho que isso faz parte do trajeto, ainda hoje recebo críticas e se um dia em Portugal for o artista número um, ainda vou receber críticas. Quando tu és relevante as pessoas vão falar bem e mal de ti. Mas eu vejo as críticas como publicidade porque podem ser um milhão de pessoas a criticar-me e tu lembraste hoje que elas me estão a criticar. Mas amanhã, esse milhão contribuiu para ter um milhão de views e ninguém se vai lembrar do que falaram, vais te lembrar é que esse vídeo está a “bater”, agora quem falou mal ou bem… Eu tenho uma base de fãs muito grande e essa base de fãs pisa os haters sempre e é isso que lhes dá raiva.
“Eu ia ser o Ronaldo ou o Messi, mas a lesão foi Deus a dizer: ‘Vamos dar espaço a outros jogadores senão vais arrebentar com o futebol’ ”
Qual é o maior objetivo que gostavas de atingir na tua carreira musical?
O meu principal objetivo é ser o artista número um em Portugal, conquistar todos os prémios que existem e que há para conquistar e fazer a transição um dia, mais tarde, para o mercado internacional.
Se a música não correr bem, tens um segundo plano? Já alguma vez pensaste nisso?
Não sei, estou tão focado no plano A que nunca pensei num plano B ou C. Pego no dinheiro que deu este álbum e compro uma ilha, um barquinho e vou viajar. Vou para Marrocos ou para as Caraíbas e fico lá tranquilo (risos).
Há algum estilo musical que ainda não cantaste e que até gostavas de experimentar cantar?
Tudo o que queria experimentar, experimentei neste álbum. É muito versátil, tens muitos estilos musicais. Não deixei nada por fazer neste álbum, entreguei tudo!
Se tivesses que dizer algo ao Bernardo, que há uns anos fazia improvisações pelas ruas do Porto, o que é que lhe dirias?
“Estamos aqui meu puto, continua que um dia vais chegar lá!” (risos).
E a tua vida de futebolista antes da vida de músico? Fala-nos sobre isso.
Pois… Sabes que eu ia ser o Ronaldo ou o Messi, mas a lesão foi Deus a dizer: “Vamos dar espaço a outros jogadores senão vais arrebentar com o futebol”. Então, lesionou-me e disse: “Vai para a música!” (risos).
O que de melhor te trouxe a música?
As pessoas que conheci no percurso. Também encontrei o meu rumo, consegui me encontrar. Qual é a minha missão na vida? É a música, já encontrei. Faça bem ou faça mal, já sei que este é o meu projeto e vou insistir até ao fim.
[Foto: cedida pelo entrevistado]