Quem foi ao Dia Aberto da Escola de Comércio de Lisboa (ECL) sabe que animação e informação foram as palavras de ordem!
Workshops, desfiles na passarela, jogos e degustação de cocktails e bolinhos foram algumas das atividades que quem foi pôde experimentar e degustar.
Quem não foi, também não perde o testemunho, porque nós vamos pôr-te a par de todos os espaços como se lá tivesses estado! (Preparado para o mais completo circuito virtual do Open Day da ECL?)
A ECL Store é o primeiro espaço deste universo do comércio. Este espaço foi criado pelos alunos e são eles os rock stars da loja! Quem o disse foi Piedade Redondo Pereira, diretora da Escola de Comércio de Lisboa, “Os nossos alunos criaram uma linha de merchandising para a instituição e comercializam na ECL Store essa linha. Eles são os protagonistas da nossa linha”.
Imediatamente ao lado, o espaço dos alunos do curso profissional de Comércio procuravam um verdadeiro expert em atendimento ao cliente. O futuro aluno tinha que passar por três tipos de atendimento e descobrir qual o mais correto. O prémio faziam qualquer barriga sorrir… Spoiler alert: eram gomas!
O verdadeiro peddy-paper da escola continua e a sala do projeto SER é a que se segue. Este projeto surge como “uma das nossas grandes preocupações nestes dois últimos anos. Nós percebemos que as profissões estão a mudar, a evoluir e a reinventar-se… Estamos a passar de uma Era Industrial para uma Era Digital e as formas de comercialização dos produtos vão mudar, os gostos do consumidor também, tal como a maneira como eles interagem e se conectam. Nós temos que dar aos nossos alunos essa agilidade para facilmente se adaptarem a novos conceitos. Eles têm que perceber os contornos de uma profissão, mas acima de tudo eles têm que estar aptos a saber agir, ser, pensar, criticar, ouvir, discutir, empreender e a tomar iniciativa”, explica a diretora da ECL.
Para este fim, o projeto procura que os alunos desenvolvam cinco C’s: criativo/a, competente, comprometido/a, colaborativo/a e consciente. Mas o caminho até aqui não foi fácil… Ariana, aluna de Vitrinismo, confessa que no início o plano “não foi muito bem aceite, porque era novo, mas agora estamos mais capacitados e recebemos muito melhor o projeto”.
Da sala cheia de cadeiras identificadas com os nomes dos alunos deste projeto, passámos para o espaço do curso profissional de Vitrinismo. Nas duas mesas rodeadas com alunos do primeiro e segundo anos, a criação de gerberas, orquídeas e jarros com diferentes tamanhos e feitios era um non-stop! Este trabalho de equipa tinha como objetivo a decoração de quatro montras. De ponto real para ponto miniatura, foram os trabalhos expostos numa das paredes da sala com nichos dedicados aos cozinheiros portugueses escolhidos pelos alunos do primeiro ano.
A criatividade junta-se à flexibilidade mental na atividade da sala do curso profissional de Vendas e Marketing! Mas que desafio é este? “A atividade consiste em 3 roletas. A primeira roleta é um produto, a segunda roleta é um preço e a terceira roleta tem palavras que têm que ser introduzidas no discurso de venda. Enquanto for feita a venda, nós estamos a usar um software de contact center. Será feita a chamada com um computador que um de nós vai atender e quem nos visitar vai ter que vender um produto com o preço e com as palavras que forem aparecendo aleatoriamente nas roletas”, explica o aluno do segundo ano, Guilherme Alexandrino.
Achas que eras capaz de passar este desafio? Olha que aqui aconteceram as vendas mais loucas! Desde uma borracha por 1115 euros a uma casa com piscina por 16 cêntimos…
Se as vendas não são a tua praia, a Escola do Comércio de Lisboa também oferece os cursos de aprendizagem de Informática. Esta sala estava verdadeiramente encriptada! Mas o aluno Daniel Portela ajuda-nos a simplificar: “Todos os computadores estão modificados. Foram feitos com peças recicladas de outros computadores que não funcionavam para fazer as decorações ou até dar uma nova vida a outros PCs”. Os alunos não pouparam na criatividade na apresentação destes pedaços tecnológicos! Dos três computadores que estavam presentes na sala: um era para ficar preso numa parede através desta tábua de madeira, outro estava dentro de um monitor e o outro estava lá para testar os teus conhecimentos de informática. Quem passou o jogo “Quem Quer Ser Bilionário” da informática tem um dado garantido: vai ter boas notas no curso!
Informática também não liga os cabos do teu coração? Calma, o mundo ECL ainda tem mais cursos para te mostrar… Ou um hotel! No espaço do curso profissional de Receção Hoteleira, os alunos criaram a rigor um hotel fictício. Composto por uma receção, uma Luxe Suite VIP com direito a pequeno almoço, site oficial e duas tours (“Pessoa Tours” e “Fado Sobre Rodas”), os alunos deslumbraram e encantaram qualquer visitante que tiveram direito a um quadrado de bolo e a duas atividades: o Hands Up – um jogo conjunto com duas pessoas – e um texto para preencher e completar com palavras-chave.
Como não há um hotel de cinco estrelas que não tenha a presença de um belo Restaurante-Bar, os alunos da ECL também não falharam nesse aspeto! Na sala do curso profissional de Restaurante-Bar e do CEF de empregado de Restaurante-Bar, havia mesas para aprender a pôr, copos para cada bebida e cocktails para descobrir.
A primeira atividade consistia em preparar uma mesa en place simples, redonda ou à carta. Parece-te chinês? A aluna Leandra explica que “a mesa redonda é feita quando nós temos 3 pratos: entrada, prato (de peixe e carne), sobremesa, prato a pão com a faca a pão e a taça de vinho branco ou tinto, dependendo do menu. A mesa à carta é quando é um prato de carne – leva copos de vinho tinto e água, o prato a pão. A mesa en place simples é quando não existe um menu definido, porque varia com o pedido do cliente”.
A segunda tarefa era um exercício de memória… Os visitantes tinham que fazer corresponder a cada tipo de bebida os doze copos apresentados. (Nós certificado-nos que todos os presentes sabiam aquilo na ponta da língua!)
A terceira descoberta era mais colorida e doce ao paladar. Laranja ou azul? Esta era a dúvida de quem passava por lá. Dois cocktails vencedores de um projeto no âmbito da disciplina de Psicologia para representar as emoções através de bebidas. O “Joy” era o cocktail laranja “representante da alegria e é composto por groselha, sumo de laranja e chantilly de decoração”, diz-nos o aluno Márcio. Já o azul representava a tristeza, mas não se enganem! Aqui não havia nada de triste, para além da simbologia da cor. Quem confirma é o aluno Fábio: “Nós quisemos mostrar que a tristeza pode ser algo positivo, tendo um sabor bom. O cocktail é feito com mirtilo, uva, água tónica, groselha e clara de ovo”.
Dormida? Check! Alimentação? Check! Sabes o que falta? Um evento à maneira, por isso os alunos do curso profissional de Organização de Eventos foram o espaço que se seguiu…
Para além da simulação do famoso percurso de passarela (com um vídeo do show da Victoria’s Secret para te inspirar), nesta área funcionou também a divulgação da sétima edição do Sunset. Inicialmente, era difícil encontrar um professor responsável numa sala decorada pelos próprios alunos e possível de se desdobrar em três. A explicação deste motivo é dada pelo Professor Carlos: “É muito importante, numa sala de aula, o professor descentrar-se enquanto figura fulcral do processo e dar um bocadinho mais de autonomia e empoderamento ao aluno para lhe permitir sonhar. Caso contrário, o sonho deixa de existir. A partir do momento em que eu tenho um aluno e o carimbo de um livro que tem que decorar e um teste, estou a cortar-lhe o sonho e ele vai deixar de pensar para além daquilo. A lógica aqui é diferente – é lançar-lhe um desafio, deixá-lo sonhar e acompanhar esse sonho até à sua implementação”.
O Sunset ECL realizar-se-á no dia 25 de maio, das 18h00 à 1h da manhã, e tem um propósito maior: apoiar a Casa Sol (instituição de apoio a crianças infectadas/afetadas pelo VIH/SIDA). Este evento ajuda os alunos a minimizar na totalidade a timidez de uma entrada de mercado, pois deparam-se com problemas, como a gestão de conflitos, trabalhar em equipa e stress.
O último espaço a representar a oferta educativa da escola era o supermercado em formato de sala de aula do curso de aprendizagem de Distribuição. Os futuros alunos da escola puderam realizar uma visita guiada por todas as secções (charcutaria, take away, padaria, talho, peixaria, congelados e reposição). Um dos alunos deste curso, Leonangi, estagiou no Continente (empresa parceira da ECL) e confessou-nos que o talho foi “a secção onde mais aprendi, porque todos os dias me ensinaram coisas novas, todos os dias são diferentes e há sempre dificuldades para ultrapassar. Eu gosto de ter metas e objetivos para ultrapassar”.
Como se ainda resta-se alguma dúvida do dinamismo da Escola de Comércio de Lisboa, nos dias 19 e 20 de abril, quatro mini empresas competiram nacionalmente no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma.
O projeto Enjoy It tem “como objetivo tornar a escola num lugar onde os alunos se possam divertir. Na vertente pedagógica seriam comercializados produtos de merchadising da escola ou produtos que os alunos fizessem em casa e na vertente mais lúdica, seriam partilhadas competências entre alunos através de workshops. Estes workshops seriam pagos com bens que seriam revertidos para instituições de solidariedade da zona local onde a escola está inserida”, explicou a porta-voz do grupo e aluna Mónica.
O projeto Biobetter tem “como objetivo acabar com o desperdício e reutilizar todo o lixo orgânico que é produzido todos os dias nos mercados. A nossa empresa vai aos mercados e recolhe todo o lixo orgânico que o mercado teve ao fim do dia, leva para o nosso armazém, onde temos um contentor e vamos triturar todo o lixo orgânico com terra. Isto vai dar um fertilizante natural. Desta terra, vamos ensacar e colocar o nome de cada mercado. Depois, vamos vender esses sacos a agricultores, produtores, grandes superfícies e lojas especializadas”, contou-nos as alunas Beatriz Gomes, Andreia Ferreira e Diana Macedo.
O projeto Easy Clothes foi criada para “adaptar a pessoas com problemas físicos e dificuldades motoras. Nesta linha de vestuário, adaptamos as dificuldades das pessoas às suas necessidades, ou seja, podemos fazer linhas de peças já existentes, como podemos utilizar a peça de uma pessoa que não se queira desfazer dela adaptando ao seu problema”, disse-nos Tatiana Freitas, aluna e porta-voz do grupo.
O grupo do projeto Water For Child quis “criar um produto que abrangesse a falta de hidratação infantil. Tentámos criar algo inovador e cativante para as crianças para as fazer consumir mais água. Normalmente, quando vamos aos bebedouros que estão espalhados pela cidade e em parques não funcionam e isso para as crianças não é bom. Para solucionarem, levam na mochila com um pacote de sumo ou um pacote de leite, que contém açúcares e vão-se esquecendo da água. Nós pensámos em aproveitar os bebedouros e inová-los. Criámos um meio circulo à volta deles e decoramos com imensos temas. Queremos que desta forma, as crianças bebam água como uma atividade divertida e não como uma obrigação”.
Agora sim, podes comprovar o evento mais ativo de Lisboa que perdeste!
Se te despertámos a curiosidade e queres mais informação, consulta o site.