A MultiWay é uma das empresas que organiza programas no estrangeiro para jovens portugueses, desde a frequência de um ano letivo do Ensino Secundário a cursos superiores, passando por cursos de verão, estágios e até um ano sabático. Ela está na Futurália e nós fomos conhecer duas jovens que viveram duas dessas experiências.
António Valadas é o responsável máximo pela MultiWay, e um veterano de feiras como a Futurália. Este ano, a aposta passa, como sempre, pela divulgação das experiências no estrangeiro, que nas suas palavras “despertam cada vez mais o interesse dos jovens”. Esse é o caso, por exemplo, do ano letivo nos Estados Unidos da América, que “continua a ser muito procurado e cujas inscrições foram prolongadas até ao dia 10 de abril”, contou-nos.
Outro dos programas sobre os quais vais poder saber mais na Futurália é dedicado especialmente às meninas – o Au Pair -, onde podes tomar conta de crianças no seio de uma família nos Estados Unidos, num programa onde, de acordo com António Valadas, “ao longo de um ano ganhas experiência e dinheiro, tens 15 dias de férias e, no final, o teu visto é automaticamente renovado por mais um mês, para poderes usar as tuas economias e conhecer melhor a América”.
De resto, a MultiWay dá-te toda a informação sobre os cursos em escolas de hotelaria na Suíça, sobre os cursos de línguas que podes fazer em inglês, francês, alemão, italiano e espanhol, e sobre o programa de acesso a universidades norte-americanas, que é o único em Portugal a dar acesso a uma bolsa académica desde o primeiro ano do curso superior.
O ano letivo nos Estados Unidos da América
A Ana Santos tem 19 anos, estuda Gestão na Universidade Católica Portuguesa, e cumpriu nos Estados Unidos o ano letivo 2014/2015. Ela contou-nos que “Portugal sempre foi pequeno” para as suas ambições, e ao tomar contacto com a MultiWay percebeu que esta empresa podia ajudá-la a cumprir um dos seus sonhos: Viver na América.
Ela esteve numa pequena cidade de mil habitantes do estado de Iowa, e a primeira coisa que nos disse sobre a experiência foi que este “nunca é um ano perdido”. Achou a experiência “espetacular” e voltou “a falar inglês quase melhor do que falava português”.
Durante este programa, o dia a dia da Ana dividia-se entre as aulas – por obrigação – e o desporto – por gosto. Contou-nos que se levantava várias vezes por semana “às cinco e tal da manhã para ir ao ginásio, antes das aulas que começavam às 8h30”. Ao longo do semestre, tinha as mesmas aulas todos os dias, e à tarde elas acabavam “por volta das 15h15”, deixando-lhe bastante tempo para praticar desporto: “Fiz corta-mato, basquetebol, e até fiquei em 12º numa prova de atletismo, entre milhares de corredores!” Pelo meio, teve a oportunidade de conhecer várias cidades do país, como Chicago e Washington, e até viu Barack Obama mesmo ao seu lado!
A Ana lembra-se de ser “introvertida” antes desta experiência, algo que tinha mudado quando voltou: “Tornei-me muito mais extrovertida, melhorei o meu inglês, melhorei-me a mim em geral!”
O programa Au Pair
A Carlota Napierala é licenciada em Serviço Social pela Universidade de Coimbra, e fez o programa Au Pair há nove anos atrás. Ela diz que ele “mudou completamente” a sua vida, numa altura em que tinha acabado de terminar o Ensino Secundário e em que estava indecisa sobre o que seguir na universidade. Ao ir para fora foi “assentar ideias e ao mesmo tempo conhecer uma nova cultura”, e em vez de ficar um ano ficou dois, ao ser convidada pela família a ficar mais tempo. Quando voltou para Portugal, foi tirar o seu curso superior.
A Carlota esteve em Virginia Beach, no estado da Virginia, e usou o seu tempo livre nos EUA para “estudar inglês académico e cultura americana”, para “ter aulas de fotografia e de guitarra, fazer teatro” e para “viajar muito”: “Tudo o que ganhava gastava em viagens e a conhecer o país!”
De resto, tomava conta de duas crianças, de 1 e 3 anos de idade: “Tinha o meu quarto na casa da família, e como tanto o pai como a mãe trabalhavam muito”, era ela quem “assumia as rédeas das crianças”. Depois de as acordar, dava-lhes “o pequeno almoço” e “levava e ia buscar a mais velha à escola”, para além de fazer “várias atividades” com elas e de as inscrever “em tudo quanto era clube, jardim zoológico, biblioteca, etc.”.
Ao fazeres um Au Pair, tens também o apoio de um Community Counselor, que te apresenta a outras pessoas a fazer o mesmo programa, o que ajuda muito à tua integração.