Amílcar Martins tem 40 anos, é Técnico de Telecomunicações na Vodafone Portugal e diplomado do curso de Técnico de Eletrónica e Comando na Escola Profissional de Chaves, e é o entrevistado deste mês da rubrica (Per)cursos, da responsabilidade da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional. Descobre nesta entrevista o que este profissional ganhou ao optar pelo ensino profissional.
Em que consiste a sua profissão no dia a dia?
Neste momento, estou a fazer a supervisão da rede móvel Vodafone UK (Reino Unido), através de controlo remoto. Em Portugal, a nossa função começa na primeira linha – com a visualização de alarmes – e continua na segunda linha (na qual me encontro), e onde fazemos uma análise mais aprofundada aos problemas e damos suporte técnico a quem está no terreno. No fundo, trata-se de controlar e otimizar toda a rede.
Quando é que decidiu escolher o ensino profissional?
Por alturas do 9º ano eu já gostava de tecnologias, e ao saber da existência dos cursos técnico-profissionais, optei pelo de Eletrónica. Estava perto de casa e era aquilo que eu queria, apostei e correu bem, ao ponto de, quando terminei o 12º ano, ter concorrido ao ensino superior no curso de Engenharia Eletrotécnica. Nunca cheguei a terminar, porque durante o 1º ano da licenciatura entrei logo no mercado de trabalho, no ramo das telecomunicações, no qual ainda hoje me encontro.
Que mais-valias para a vida profissional lhe trouxe o curso profissional?
Foi aí que tomei contacto com a realidade do mercado de trabalho. Enquanto que os meus colegas com aulas no ensino secundário aprendiam muito mais a teoria, eu aliava a isso o trabalho em laboratório, e no final da formação cheguei ao estágio profissional com uma ideia mais concreta do que ia encontrar na vida ativa. Essa foi a grande diferença, que me ajudou também durante os estudos a nível superior.
[Foto: cedida pelo entrevistado]