Um estilo de música que é terapêutico e ajuda quem sofre de distúrbios mentais. É assim que dois investigadores do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Cambridge olham para a música rap.
O rap é bom para quem sofre de doenças mentais. É esta a principal conclusão de dois psiquiatras da Universidade de Cambridge que, ao contactarem com os seus doentes, perceberam que este género musical os ajuda a aproximar-se, a discutir e a dialogar sobre as canções e também sobre os sentimentos.
Chamam-se Becky Inkster e Akeem Sule, são psiquiatras, e utilizam músicas de hip-hop que falam sobre pobreza, marginalização, crime, drogas e doenças mentais. Com o seu projeto Hip Hop Psych, eles pedem aos seus doentes que, depois de ouvirem os temas, criem as suas próprias letras, descrevendo o que sentem e o que gostariam de fazer no futuro.
Estes profissionais acreditam que o hip-hop proporciona aos seus doentes uma sensação de poder e de auto-conhecimento, ajudando-os a compreender e a lidar com os seus problemas psicológicos. Para eles, há mesmo “muito mais no hip-hop do que aquilo que o público percebe“ e defendem que o processo de escrita no rap faz com que os doentes consigam expulsar sentimentos negativos e sentir-se melhor.
[Foto: Hip Hop Psych]