ADN Escolas: Escola Secundária Infanta D. Maria
“A instrução de estudantes responsáveis, autónomos e integradores” incorpora a missão da Escola Secundária Infanta D. Maria.
Cristina Ferrão, Diretora, afirmou, em entrevista, que um sistema de transparência, racionalização e sustentabilidade é o ingrediente secreto para um “sucesso de qualidade.”
A história da Secundária remonta para o ano de 1919. A preservação e a inovação seguem de mãos dadas?
Em 2019, celebrámos 100 anos de princípios intemporais, que se adaptam às exigências de uma sociedade em mudança, garantindo um sucesso de qualidade — capaz de formar, integralmente, os alunos para o ingresso no Ensino Superior ou no mercado laboral, mediante uma efetiva aquisição de competências, com tradição, mas — sempre — a par das tendências.
Conquistando uma média de 13 valores nos exames nacionais, posicionaram-se em 2º lugar no ranking entre as Instituições públicas. Que políticas são implementadas para impulsionar um desempenho contínuo e de prosperidade?
A determinação é incentivada — desde cedo —, com uma forte presença familiar e sociocultural, procurando estar à altura das expetativas, através de objetivos claros e de uma Associação de Pais ativa, que colabora na identificação de áreas vulneráveis.
A manutenção do nível de ensino e a dinamização de iniciativas inclusivas e de apoio são os impulsionadores de uma preparação exímia para enfrentar os desafios futuros.
O dinamismo é, igualmente, incontestável. Que papel detêm as atividades extracurriculares na edificação pessoal e profissional?
Investimos na promoção de projetos, que fortaleçam competências físicas e artísticas e estimulem a cooperação e o envolvimento, nomeadamente o Voluntariado — uma ferramenta essencial para o alcance de valores éticos sólidos — ou a Associação de Estudantes — uma estrutura imprescindível na organização de campanhas e eventos, que beneficiem a comunidade, como a florestação dos espaços exteriores ou a compra de equipamentos de lazer.
Sabemos que o peso excessivo das mochilas levou à desmaterialização dos manuais. É urgente colocar um travão?
Considero que manter o manuseio do livro impresso, a pesquisa analógica, o desenho e a escrita à mão é crucial para o desenvolvimento cultural e motor, sendo que em ciclos mais avançados, o digital — enquanto instrumento de consulta — é uma solução ecológica, que contribui para a redução do consumo excessivo de recursos naturais e atende às necessidades pedagógicas de cada etapa.
Nos recreios, o smartphone compete com o convívio. Restringir ou moderar?
A utilização responsável é mais eficaz do que a proibição, sendo que as penalizações existirão, em caso de funcionalidade inadequada.
Porém, a Lei nº 51/2012, de 5 de setembro, permite a aplicabilidade de telemóveis ou programas informáticos para fins educativos, expressamente, autorizada, tornando a proposta num contrasenso.
De momento, encontramo-nos a debater a questão — com as Direções de Coimbra — para a adoção de uma abordagem conjunta, mas a falta de orientação prévia do Ministério foi um erro.
Os confinamentos impostos originaram um aumento da sintomatologia de depressão e ansiedade. De que forma viabilizam o bem-estar psicológico dos discentes?
A pressão — combinada com a participação em modalidades desportivas ou com o ingresso em cursos prestigiados, como Medicina e Engenharia — pode agravar o stress, que é devidamente acompanhado por uma Psicóloga, oferecendo, ainda, exercícios de relaxamento e intervenções — realizadas, no âmbito do protocolo com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação.
Já as situações críticas sinalizadas são encaminhadas para o Centro de Saúde ou para o Hospital Pediátrico.
Desdramatizar é, igualmente, importante, possuindo uma conduta saudável e de equilíbrio.
O que gostava que um aluno dissesse sobre o período em que aí estudou?
Ouvir que fomos um lugar de aprendizagem e felicidade é — extremamente — gratificante, conduzindo-nos ao sentimento de missão cumprida.
Proporcionar boas memórias é uma das maiores vitórias.