Instituto Internacional de Turismo e Aviação promove Ensino Profissional em Aviação!
Acreditado pelo Ministério da Educação, o Instituto Internacional de Turismo e Aviação (IITA) acaba de introduzir uma nova oferta para o Ensino Profissional em Aviação — presente em cinco Escolas nacionais.
Patrícia Baptista, CEO, afirma, em entrevista, que a ambição é “ser o link entre os requisitos académicos e as necessidades da indústria, trabalhando numa visão 360º e em sinergia com organizações empregadoras e educacionais.”
Com uma equipa de operacionais qualificados e atuais, focada em atrair e reter a próxima geração de profissionais, que modelo pedagógico é implementado?
Em Portugal as escolas ainda seguem maioritariamente um modelo tradicional de ensino, onde os docentes são a figura central do conhecimento e responsáveis por garantir a aprendizagem dos alunos. Os conteúdos ganham especial atenção e a avaliação é uma grande preocupação porque os testes e exercícios são utilizados para dar a nota e verificar o sucesso na aprendizagem.
O IITA na sua colaboração com as escolas respeita esta metodologia, que tem o seu mérito, no entanto, no nosso processo de ensino da área técnica, centra-se na atividade do aluno.
O nosso princípio básico centra-se numa metodologia ativa e integrativa, com diversidade curricular e formação polivalente do aluno, com integração total do trabalho individual e produtivo. As dimensões emocionais e pessoais do desenvolvimento do aluno têm um peso preponderante, dando por isso espaço para a livre expressão dos alunos e para a sua participação ativa nas tarefas de ensino, para que desta forma a aprendizagem seja significativa, relacionável com a vida real e nunca apenas o resultado da memorização ou da repetição.
Através de um ensino de qualidade e excelência, que condições são exigidas e que competências são oferecidas?
Para além dos requisitos legais exigidos para o ingresso do 10º ano – via técnico-profissional, os alunos são sujeitos a um processo de recrutamento feito pelas escolas e pelo IITA com o intuito de filtrar o perfil adequado. Os alunos são sujeitos a uma prova escrita e uma oral, as notas de inglês, português, Matemática e Ciências também são levadas em consideração, visto que serão muito necessárias não só nas áreas sociocultural e científica, mas também na tecnológica. Durante o processo de recrutamento fazemos vários “open days” onde falamos com alunos e pais sobre o curso, o perfil profissional e das expetativas académicas e de conduta que teremos dos alunos.
É requisito obrigatório, à imagem da aviação, o uso de farda que é acompanhada por um manual de utilização e manutenção.
Durante os 3 anos do curso, os alunos terão oportunidade de desenvolver competências técnicas, sociais, de comunicação, de alta empregabilidade, de proficiência digital, pensamento critico, de “mindset” colaborativo entre outras. Estas competências vão de encontro aos 5 pilares do IITA – Humanismo, Ética, Cidadania, Liberdade, Cooperação e Excelência – e que são também um reflexo do perfil profissional que a aviação procura.
Após a conclusão do programa, a que desafios estarão os alunos aptos a dar resposta?
Durante o curso, os alunos vão ser expostos ao contexto real das várias funções para as quais estarão aptos a candidatar-se no final do curso. Para tal, vão desenvolver, para além das competências técnicas, competências de tomada de decisão em contexto critico, de liderança transformacional, de comunicação intercultural e de adaptabilidade às rápidas mudanças que se fazem sentir numa operação aeroportuária. Igualmente, o IITA, através dos seus Conselhos Consultivos, está a par dos desenvolvimentos mais atuais na indústria, o que permite incluir e desenvolver no currículo, os conteúdos e as competências a pensar no futuro. É nossa convicção que, os 3 anos de estudos de aviação ao nível secundário vão preparar melhor os alunos que pretendem prosseguir para o ensino superior, podendo seguir várias vertentes de especialização e desta forma estarem aptos a integrar mercados nacionais e internacionais.
Um dos grandes problemas já identificados no sistema convencional é a escassez de experiências educativas aliciantes, que conduzam ao envolvimento integral do formando para a obtenção de melhores resultados. De que forma a motivação é estimulada?
No nosso programa curricular da área técnica, promovemos trabalhos de grupo, atividades de “team-building”, debates, projetos de mentoria entre alunos, aprendizagem em contexto real através de live streaming para a sala de aula e mais tarde do estágio, experiências de aprendizagem imersivas (realidade virtual), visitas de estudo, visitas às escolas de oradores convidados e do nosso Summit anual, onde os alunos vão ter a oportunidade de ouvir vários oradores, interagir com os nossos parceiros da indústria e fazer networking. Para além disso, vamos implementar a Escola Virtual, numa parceria com a Porto Editora, onde os nossos alunos terão acesso a conteúdos mais interativos.
E oportunidades? Que auxilio é fornecido na integração efetiva dos estudantes?
O IITA está a estabelecer parcerias com organizações nacionais e internacionais para garantir aos alunos o estágio obrigatório. Pretendemos que os nossos alunos conheçam não só o mercado nacional, mas também o internacional de forma a abrir-lhes mais portas no seu futuro. Durante o curso, os alunos vão ser preparados para processos de recrutamento e terão oportunidade de participar em “Career Days”, onde vão conhecer as várias organizações presentes no mercado e desta forma fazer uma escolha informada de onde gostariam de fazer estágio e trabalhar no futuro. Dada a necessidade do mercado, os nossos parceiros garantem aos alunos IITA, vagas de seleção após a conclusão do estágio.
Considera que investir no futuro é essencial, mediante o cenário revolucionário da Tecnologia?
Sem dúvida. O IITA lançou este ano em parceria com a APPLA uma formação de Cibersegurança em Aviação de Nível I e já estamos a trabalhar no Nível II. Estamos também a desenvolver ofertas nos temas da Inteligência Artificial, da Aviação Verde e na Gestão de Redes Operacionais.
A empregabilidade é assegurada, fruto das parcerias com diversas empresas. Que potencialidades se ampliam na ligação estreita entre a Educação e o seio laboral?
Há 20 anos, o setor da aviação era um setor desafiante, mas glamoroso. Ser recrutado era um privilégio porque as funções eram vistas como especialistas e, como tal, o processo era seletivo, rigoroso e exigente. A decisão da maioria em se candidatar a esta indústria, era informada e, acima de tudo era por paixão. Com as várias crises sócio-politico-económicas pelas quais a aviação passou, uma crescente crise de competências na aviação foi-se instalando, e, hoje, a aviação mantém-se um setor desafiante, mas com pouco glamour e com uma oferta formativa limitada.
A nossa ambição é que esse rigor, paixão e glamour de há 20 anos volte à aviação, com as adaptações inerentes e necessárias ao progresso do setor e da sociedade. Para isto acontecer, vai também ser necessário que as organizações da indústria reavaliem o processo de recrutamento, as políticas de remunerações e benefícios, assim como a gestão relacional com os seus colaboradores.
O IITA ambiciona ser o link entre os requisitos académicos e as necessidades da indústria, trabalhando numa visão 360º e em sinergia com organizações empregadoras e educacionais.
Em regime presencial e e-learning, chegará, também, ao Ensino Superior, com Licenciaturas, Mestrados, Pós Graduações e Especializações. O que podemos ansiar?
O IITA pretende acreditar-se como um Instituto Técnico Superior de Aviação até 2027, de forma que os nossos alunos possam dar continuidade aos estudos nas várias vertentes da aviação após completarem o 12º Ano. O nosso projeto é ambicioso visto que gostaríamos de criar um “IITA Village” que englobe um aeroporto escola, mas estamos otimistas de que, sendo este um projeto de interesse para toda a indústria, que a indústria também ela se junte para nos ajudar a concretizar este objetivo.
O que diferencia o IITA de outras Instituições?
O nosso instituto é especializado em aviação, com a missão de atrair, formar e reter a próxima geração de profissionais da aviação, o que é pioneiro em Portugal. Os nossos alunos iniciam a sua carreira em aviação no 10º ano e após completarem o 12º ano, ou entram no mercado de trabalho, podem seguir diferentes percursos, tais como, Técnicos de Tráfego de assistência em Escala, Mecânicos de Aeronaves, Pilotos, Assistentes de Bordo, etc ou seguem para o ensino superior.
A nossa visão “As pessoas certas, com as competências certas, nas funções certas” promove ofertas formativas mais especializadas e em mais vertentes do setor. O exemplo disso é o nosso objetivo de lançarmos em breve em sinergia com alguns parceiros, qualificações na área da Carga Aérea, entre outros, que está em franca expansão e para a qual há poucos especialistas, onde nós próprios sentimos dificuldade em arranjar formadores.
Como podemos conhecer melhor o IITA?
O IITA está presente nas escolas profissionais, mas também podem obter informação através do site (www.iita.pt) ou nas suas redes sociais, onde aqui também encontram as notícias mais relevantes sobre o setor.
Estamos também a promover uma primeira temporada de “Conversas d’Aviação”, disponíveis em Youtube, Spotify, Google for Podcast, Amazon Podcast e Apple Podcast, sobre um dia na vida de um piloto, de um TMA, de um TTAE, ou, sobre transformação digital, combustíveis sustentáveis e cibersegurança, com convidados especiais.