Portugal está abaixo da média europeia no número de alunos a frequentar o Ensino Profissional
No ano letivo 2020/2021, cerca de 40% dos alunos portugueses no ensino secundário estavam inscritos no Ensino Profissional, estando abaixo da média europeia, de alunos que estão matriculados neste tipo de ensino – 49%.
O preconceito em relação ao Ensino Profissional está muito enraizado na sociedade portuguesa e está associado à perceção enganadora, de que este apresenta uma qualidade inferior e que está destinado a jovens que não encontram outras alternativas.
Apesar disto, atualmente, o percurso do Ensino Profissional começa a ser “visto com outros olhos”, provando os números que não é uma segunda opção para os alunos – as vantagens salariais e de empregabilidade associadas a este tipo de ensino têm ajudado na sua credibilização.
A Fundação José Neves apresenta o “Guia sobre o Ensino Profissional”. Uma ferramenta de apoio para os estudantes e para as famílias, que têm dúvidas sobre se esta via de ensino poderá ser uma boa escolha. O Guia reúne dados e estatísticas sobre alunos e diplomados do ensino, apresenta as vantagens e desvantagens e apresenta sugestões.
O objetivo é demonstrar que o Ensino Profissional têm mais-valias, como o rápido ingresso no mercado de trabalho, a experiência prática obtida, a possibilidade de ingressar no Ensino Superior (sendo o processo igual aos cursos Científico-Humanísticos), entre outros.
O guia faz um diagnóstico da atual situação em Portugal e deixa alguns números que mostram a importância deste tipo de ensino: 14 meses depois de concluirem o curso, 51% dos jovens está a trabalhar e 9% trabalha e estuda; 1 em cada 5 jovens obtém emprego na empresa onde estagiou; um terço dos jovens que concluíram o curso profissional prosseguem os estudos (em universidades, 22%; em politécnicos, 23% e em cursos Técnicos Superiores Profissionais, 48%).
Em Portugal a oferta dos cursos profissionais é bastante variada, e está organizada por áreas de Educação e Formação: Ciências Informáticas, Hotelaria e Restauração, Audiovisuais e Produção nos Media, Turismo e Lazer e Desporto.
O nosso país pretende combater “este preconceito” muitas vezes associado ao Ensino Profissional. Irá acompanhar e valorizar este tipo de ensino, com o objetivo de ter, até 2030, 55% dos diplomados do ensino secundário pela via profissionalizante, reconhecendo que uma mão de obra mais qualificada, com mais competências cognitivas, analíticas e digitais, é fundamental para o desenvolvimento económico do país.
Para os interessados o guia pode ser consultado aqui.