Criação do IEFP Jovem e estágios para estudantes do ensino secundário
Cerca de 200 jovens, entre os 15 e os 30 anos, participaram nas Jornadas da Juventude, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro. Os participantes apontaram a falta de contacto com o mercado de trabalho e sugeriram a criação de estágios curriculares obrigatórios e do IEFP Jovem.
A Criação de um Instituto do Emprego e Formação Profissional Jovem em Portugal é uma das trinta e cinco propostas lançadas no âmbito das Jornadas da Juventude, que visam apresentar soluções ao governo, para responder a questões relacionadas com o mercado de trabalho, igualdade de oportunidades, educação, sustentabilidade e saúde mental no ensino secundário.
Cerca de 200 jovens, entre os 15 e os 30 anos de idade, de todas as regiões do país, participaram, durante três dias, para debater, analisar e apresentar propostas de lei. Entre as diversas ideias, os jovens propuseram medidas nas áreas da saúde mental, trabalho, inclusão social e igualdade de oportunidades. Algumas dessas medidas foram a integração de psicólogos nas escolas, que possam monitorizar as necessidades dos jovens; a atualização dos métodos curriculares e ter em atenção as necessidades e interesses dos jovens, que propõem aulas mais interativas e participativas. Entre outras propostas, as mais importantes apresentadas ao secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, foram a implementação de estágios curriculares obrigatórios em todos os cursos do ensino superior e a criação do IEFP Jovem, adaptado aos desafios dos jovens recém-formados, para a ajudar na entrada no mercado de trabalho.
Os jovens identificaram a falta de contacto com o mercado de trabalho, daí a importância da implementação de estágios curriculares no primeiro ciclo de estudos de ensino superior – estágios com uma bolsa de apoio associada, que suporte os custos de alimentação, transportes e materiais. A criação do IEFP Jovem, vem com o foco de atuação neste público jovem, nomeadamente jovens até aos 30 anos. O objetivo é apoiar, instruir e promover oportunidades de emprego direcionadas aos mais jovens, que na grande maioria das vezes não têm experiência profissional.
Depois das anteriores Jornadas da Juventude, realizadas em 2018, quatro medidas apresentadas pelos jovens tornaram-se leis aprovadas pelo governo. Promovidas pela Fundação da Juventude, as jornadas da Juventude desafiam os participantes a pensar e debater sobre as questões que mais preocupam esta geração jovem. Os objetivo do evento, desenvolvido no âmbito do projeto “A(gentes)M – Agentes de Mudança”, é mostrar aos jovens que podem mudar o país e o sistema educacional.