IVANDRO: “Quero poder fazer parte da vida das pessoas”
Joaquim Paulo, mais conhecido como IVANDRO, deambula entre estas duas personalidades para nos trazer temas que dão a conhecer a sua experiência de vida e a arte que o acompanha desde novo. Dono de uma voz rouca, já muito reconhecida, habituou-nos com temas que nos levam até à lua e feats. com nomes impossíveis de passar despercebidos no panorama musical, como Bárbara Bandeira e Bispo.
O futuro é amanhã e, entretanto, colhem-se frutos de um trabalho que se iniciou em 2013, com a atribuição de cinco Platinas no single “Essa Saia”, tal como a nomeação na categoria “Best Portuguese Act” nos MTV EMAs 2022.
Como é que a música surgiu na tua vida?
A música sempre fez parte da minha vida, mas olhando para trás sinto que foi a minha mãe quem me tenha passado o bichinho. Antes, enquanto ela arrumava a casa, eu e o meu irmão ajudávamos e ficávamos a cantar.
Recordaste do momento em que pensaste “é isto que quero para mim”? Como o descreves?
Recordo-me e foi uma decisão assustadora. Quando a tomei nada era certo, mas tinha imensa confiança em mim e sabia que, independente do trabalho, ia dar o meu melhor.
Inicialmente, apresentavas-te como Joaquim Paulo, mais tarde como IVANDRO. Quais são as principais diferenças entre eles?
O Joaquim Paulo foi a minha primeira abordagem, quando ainda estava a descobrir o que queria fazer. Comecei a usar IVANDRO quando senti que encontrei a minha sonoridade.
IVANDRO sempre foi o nome de casa e amigos próximos.
Pode dizer-se que IVANDRO funciona como um heterónimo? Porquê fazer esta distinção?
Cada vez mais sinto uma separação entre o IVANDRO e o Joaquim Paulo. Neste momento, tenho a minha empresa, por isso, há alturas em que tenho que ser menos artista e mais minucioso nas minhas decisões. Porém, o lado artístico nunca pode desaparecer. Então, viajo entre as duas personalidades. O IVANDRO sonha e cria e o Joaquim Paulo toma as decisões profissionais.
O que pretendes transmitir com a tua música?
Quero poder fazer parte da vida das pessoas. Dar-lhes algo que as possa ajudar. As minhas músicas são sempre reflexões sobre as minhas vivências, mas penso que as pessoas podem tirar sempre algo do que aprendi e aplicar na sua vida.
O que aprendeste durante as participações nos Ídolos 2015 e, mais tarde, em 2017, no Got Talent Portugal?
Apesar de não ter vencido nenhum deles, percebi o meu potencial e que há espaço para ouvir um não. O sucesso depende apenas de nós. Preparei-me para a oportunidade e esperei que ela chegasse.
Se pudesses deixar uma mensagem àquele jovem de 17 anos, qual seria?
“Mesmo dos momentos maus, podes tirar algo de bom”.
Quais são as tuas inspirações, ao nível nacional e internacional? Dentro e fora da música.
Em relação a artistas nacionais, diria nomes como Bispo, Força Suprema, Boss AC, Sam the Kid, Valete, Diogo Piçarra, Carolina Deslandes, Dino Santiago e GROGNation. Ao nível internacional, The Weeknd, Bruno Mars, Justin Bieber, 6lack, Nick Jonas, Jhené Aiko, Drake, T-Pain e Chris Brown.
Qual é o momento mais engraçado que tens com um fã?
São sobretudo conversas sobre o significado de certas frases das músicas. Saber o significado que a pessoa tirou delas e explicar o quis passar.
Fora da música, o que gostas de fazer?
Fora da música, o que mais gosto de fazer é pintar.
A verdade é que o teu nome já está escrito na história da música em Portugal, como queres ser recordado?
Quero ser lembrado como alguém que quebrou barreiras e mostrou que é possível viver o sonho.
Sobre o futuro… quais são os próximos passos?
Para um futuro próximo, o foco é o álbum, mas também quero aumentar a dimensão da minha empresa para um dia poder ser eu a passar a tocha a alguém. Assim como fizeram comigo.