ASPEA promove implementação de sensores em escolas para alcançar ar mais limpo
No Dia Internacional do Ar Limpo, a Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) promoveu a implementação de sensores em escolas para alcançar ar mais limpo e apelou a um trabalho conjunto entre agentes políticos e a comunidade estudantil para a monotorização e definição de medidas para melhorar a qualidade do ar ambiente.
Anualmente, o dia 7 de setembro é o dia que assinala o Dia Internacional do Ar Limpo e, nesse âmbito, a ASPEA promove, desde 2020, o projeto MAPeAR, o qual assenta na implementação de uma rede de cerca de 40 sensores em escolas nacionais, os quais permitem avaliar a qualidade do ar ambiente nas áreas urbanas das escolas.
“Estes sensores medem a concentração de partículas PM2.5 e PM10, consideradas pela OMS² como os poluentes do ar que mais pessoas afetam no mundo, sendo um bom indicador da qualidade geral do ar. A partir dos dados obtidos pela nossa rede, esperamos contribuir para informar o público das concentrações destes poluentes e dos perigos que eles representam para a saúde”, explica Joaquim Ramos Pinto, presidente da ASPEA.
Com estas informações, será possível estimular a participação cidadã, de forma a influenciar políticas públicas locais e nacionais, no sentido de serem tomadas medidas de forma a melhorar a qualidade do ar, como o estímulo da mobilidade suave, a transição para a descarbonização e uma regulamentação mais apertada das principais fontes poluidoras na indústria, que poderão ser identificadas a partir dos dados dos nossos sensores.
Existem dois tipos de sensores: os fixos e os móveis. Os dispositivos fixos são colocados num local específico em contacto com ar externo, dentro das imediações de uma escola ou num dos núcleos da ASPEA.
Segundo o responsável da associação, as escolas têm um papel relevante na monitorização colaborativa da qualidade do ar ambiente, sobretudo no que se refere a introduzir metodologias de investigação-ação nas comunidades educativas, em temáticas ambientais menos desenvolvidas nas escolas. Esta iniciativa tem vindo a capacitar professores, de escolas do 3º ciclo do ensino básico e secundário, nas temáticas da qualidade do ar ambiente, democracia participativa, políticas públicas e saúde pública.
“Pretendemos continuar a contribuir para uma consciencialização crítica individual e coletiva a nível escolar e das comunidades no entorno das escolas associadas, bem como para o delinear de influência e propostas em políticas públicas locais enquanto cidadãos ativos e a participação em consultas, orçamentos participativos e outros instrumentos de participação pública”, refere ainda Joaquim Ramos Pinto.
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