Bernardo Rodrigues ou Waze, como é conhecido no mundo da música, é natural do Porto e com apenas 16 anos lançou a sua primeira música e desde aí nunca mais parou. Depois de ter feito colaborações com nomes bem conhecidos do público, somar milhões de views no YouTube e streamings no Spotify, de ter entrado nas maiores rádios do país e de ter lançado dois álbuns: Karma (2018) e Private Party (2019), Waze regressa com Rosa Negra, o seu novo álbum em homenagem ao irmão.
Vem daí conhecer este jovem talento português, que chegou à indústria musical portuguesa para ver e vencer!
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Começando pelo princípio, Bernardo, como surgiu o teu nome artístico Waze?
Este nome surgiu quando eu era mais novo. Eu dizia sempre que o meu caminho era para o topo. O topo do abecedário em inglês é a letra Z e caminho em inglês é “way” e assim surgiu o nome Waze.
Tiveste um reconhecimento do teu trabalho, por parte do público, muito rápido. Rapidamente as tuas músicas chegaram ao top das tendências nacionais. Este sucesso imediato e espontâneo alguma vez te suscitou medo ou foi o combustível para alimentar a tua motivação e inspiração?
O sucesso espontâneo foi sempre um combustível para continuar a fazer mais, por saber que as pessoas estavam a dar feedback e a aderir à minha música. Foi isto que sempre me motivou a fazer mais e a alimentar o meu público.
Ao longo dos teus anos de carreira, fazendo uma retrospetiva, o que mudou em termos do processo de criação e da forma de gerir a tua carreira e a tua notoriedade?
Com o passar dos anos o rap game mudou, a indústria musical mudou bastante e eu tive de me adaptar. A nível de criação, agora tenho o meu estúdio, já não vou a estúdio de outros produtores, por isso, quando começo uma música, tenho mais tempo para a ir aprimorando. Eu costumo escrever as minhas letras todas no mesmo momento, primeiro faço as melodias, depois escrevo as letras para essas mesmas melodias.
Já fizeste várias colaborações ao longo dos anos, nomeadamente, com os Wet Bed Gang, David Carreira, Deejay Télio, Supa Squad, etc. Qual foi a colaboração que mais te desafiou e, consequentemente, que mais te fez aprender?
A colaboração mais exigente talvez tenha sido com o Deejay Télio, porque unir o trap com o afro beat é um desafio, mas um desafio que compensou… Esta música alcançou o single de ouro.
Qual é o artista com o qual gostavas de criar uma música?
Neste momento do panorama nacional, já fiz música com todos os artistas com quem queria trabalhar.
Agora gostava de dar o próximo passo, para fazer colaborações com artistas do Brasil de quem gosto bastante, para fazer a união Portugal-Brasil.
Apesar do teu estilo musical ser Rap e também Hip-Hop, certamente que na tua vida privada não ouves apenas estes géneros musicais. Quais são os estilos que mais gostas de ouvir?
Gosto muito de ouvir R&B. Em termos nacionais, gosto muito de ouvir fado, afro beat… gosto de ouvir variados estilos de música, o meu gosto musical é bastante eclético. Basta que uma música tenha qualidade e eu gostar dela que o seu estilo musica não é um entrave para eu a ouvir.
Como é que o contacto com outros estilos musicais, ajuda-te a inspirar para criares as tuas músicas?
Gosto de variar. Sempre arrisquei novas sonoridades e vou continuar a fazê-lo, porque acho que este processo é o oposto da estagnação, enquanto artista. Sinto que posso evoluir mais, explorando todos os meios musicais, mantendo-me sempre fiel à minha base e origem.
Falando do teu público, este é maioritariamente jovem, tal como tu. Já tiveste alguma situação engraçada ou caricata com um/a fã? Podes contar-nos?
Já tive várias situações caricatas com fãs! Fãs que desmaiaram, que percorreram muitos quilómetros e apanharam voos para vir a Portugal conhecer-me e outras experiências… estas são algumas das que eu posso falar (risos).
Tens mais de 100 mil seguidores no Instagram. Através desta plataforma consegues contactar direta e instantaneamente com os teus fãs. Como é que geres as tuas redes e esta relação digital com o teu público?
Tento manter uma relação ativa com os meus fãs através dos meus stories e publicações, para manter acesa, esta ligação. Nos concertos ao vivo esforço-me sempre para manter viva esta ligação que é criada e alimentada online.
Falando do presente e futuro, assinaste há poucos meses um novo contrato com a Universal Music Portugal. O que esperas alcançar agora que pertences à família da Universal?
Ao assinar com a Universal eu pretendo subir de nível. Este é sempre o meu patamar seguinte. Com o passar dos anos, quero continuar a subir de nível, como pessoa e artista e para isso é importante trabalhar com pessoas profissionais que acreditem no nosso talento e nos desafiem. Por isso, o meu objetivo é subir mais um degrau na minha carreira e aproveitar a knowledge da minha editora para me ajudar a tornar um artista melhor.
O que pode o público e os teus fãs esperar de ti nestes próximos tempos? Há novidades a caminho?
Já está a ser lançado, single a single, o meu novo álbum, Rosa Negra. Este álbum é uma homenagem ao meu irmão, Paulo Correia que perdeu a vida no ano passado. Estamos a lançar single a single, já saiu o Colete AntiBala e agora vão continuar a sair todos os singles deste álbum.