No passado dia 5 de maio, centenas de psicólogos juntaram-se no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz no IX Seminário de Psicologia da Educação. O evento é organizado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses em conjunto com a Direcção-Geral da Educação. Um dos focos do Seminário foi a ideia de que “Paz é muito mais que a ausência de guerra”, e de que a psicologia tem trabalhado muito mais para a guerra do que para a paz, ao longo da história, como concorda Raquel Matos, a Diretora da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa do Porto.
Um dos exemplos dados foi a diferente forma como se olha para quem chega da Ucrânia e do Afeganistão. Apesar de ambos estarem a fugir de guerras, os rótulos que se colocam a refugiados de diferentes origens são negativos e há que “trabalhar a empatia nos diversos contextos educativos”. A ordem dos psicólogos promete “continuar o trabalho e a missão na afirmação dos psicólogos em contexto escolar” e destaca a importância dos psicólogos nos desafios que a sociedade enfrenta atualmente mas sobretudo nos conflitos internos e pessoais de cada aluno.
Numa altura que os jovens estão em “piloto automático, a viver um dia de cada vez e com baixas expectativas em relação ao futuro” o seminário também debateu a importância de haver um espaço para diálogo nas escolas e informação fidedigna para os alunos.