A educação, tal como praticamente tudo aquilo que conhecemos, está constantemente a sofrer alterações e, por isso mesmo, aquilo que era uma verdade incontestável há 20 anos, está longe de o ser nos dias de hoje. Assim, reunimos as grandes diferenças entre o ensino de há 20 anos e o ensino atual.
Imagina precisares de fazer todos os teus trabalhos, pesquisas, apresentações orais e apontamentos, tudo isto sem recorrer a um computador. Pode parecer impossível, especialmente se tivermos em conta que vivemos na era mais digital de sempre, mas a verdade é que não o era antes da internet ser o que é hoje, mas já lá vamos.
Para começar, há 20 anos, as aulas eram dadas muito à base da oralidade, apenas com recurso a pouco mais do que a livros e manuais. Para além de pouco interativas, as aulas chegavam até a dar alergia. Porquê? Porque a matéria era escrita, com giz, em quadros de ardósia. Para além disso, se os professores quisessem projetar alguma informação ou alguma imagem, tinham de o fazer através de acetatos, que depois era colocados em retroprojetores.
Tudo isto contrasta de forma flagrante com o que se passa atualmente nas escolas: os quadros de ardósia e o giz foram substituídos por quadros brancos e por canetas ou até por quadros interativos – que para além de permitirem escrever e apagar como os anteriores, abrem possibilidades quase infinitas no que toca a aulas interativas e a formas menos tradicionais de aprender.
Já os livros e manuais não desapareceram por completo como aconteceu com o giz, mas têm sido lentamente substituído pela sua própria versão digital.
Também os métodos de avaliação sofreram muitas alterações nos últimos 20 anos. Claro que não se pôs de parte a possibilidade de fazer testes de avaliação escritos, mas, a esses mesmos testes, juntaram-se tantas outras formas de avaliar as competências dos estudantes. Desde avaliações orais com recurso a apresentações interativas que permitem, por exemplo, fazer questões em tempo real acerca do tema, até questionários feitos online, qualquer opção é válida na altura de testar conhecimentos, da mais clássica até à mais inovadora e fora da caixa. Os trabalhos deixaram de, na sua maioria, ser entregues em mão, para passarem a ser submetidos em plataformas como o moodle, que permitem, por vezes, que exista mais alguma margem, aquando do horário e local de entrega.
A inexistência total de computadores ou a existência de muito poucos – principalmente devido a questões financeiras – aliada à pouca ou nenhuma ligação à internet, fazia com que a pesquisa de informação para trabalhos, por exemplo, fossem feita à base de pesquisas em livros e em bibliotecas. Esta não podia ser uma realidade mais distintas daquela a que se assiste hoje nas escolas, já que o problema não passa pela falta de informação, mas sim pela seleção daquilo que é confiável ou não, do ponto de vista da vericidade da informação.
Também os trabalhos de grupo sofreram uma reviravolta gigante, especialmente quando comparado com aquele que era o cenário há duas décadas atrás. Certo é que existia muito menos flexibilidade, por exemplo, já que os trabalhos teriam de ser feitos presencialmente, caso se quisesse cumprir a dinâmica de um trabalho de grupo. Hoje em dia, isso já não acontece: para fazer um trabalho de grupo, os membros não precisam de estar juntos, já que podem reunir através de videochamada.
Com o passar dos anos também a escolaridade obrigatória foi sofrendo alterações: há 20 anos, a escolaridade obrigatória fixava-se no 9º ano, mas, neste momento, a obrigatoriedade fixa-se no 12º ano, sendo que, assim que o estudante atinge os 18 anos, fica livre desta obrigação, independentemente do ano escolar que frequenta.