A procura por explicadores aumentou substancialmente durante o mês de janeiro, especialmente quando comparado com o mês anterior, tendo-se registado um aumento da procura a rondar os 150% em janeiro face a dezembro.
Este aumento de procura deve-se, em grande parte, às dificuldades de aprendizagem provocadas pelos isolamentos e casos de covid-19 de crianças e jovens. Com o pico da 5ª vaga no início de janeiro e o regresso às aulas após a interrupção de natal, quase 100 mil estudantes testaram positivo à covid-19 e tiveram de ficar em isolamento.
A necessidade de recorrer à ajuda de explicadores prende-se também pelo facto de os encarregados de educação considerarem ser muito difícil ajudar na realização de trabalhos de casa, isto porque 44% dos inquiridos afirma que a pandemia está a afetar negativamente o sucesso escolar dos seus filhos. Também os explicadores realçam a existência de consequências muito graves ao nível da educação, graças à pandemia.
Esta enorme procura de explicadores é uma situação um pouco atípica já que os picos de procura por explicadores costumam acontecer em setembro, no início do ano letivo ou, mais tarde, em junho, na época de testes e exames.
Depois de uma análise de mercado realizada pela APP Fixando que, contou com a participação de 3.800 clientes, concluiu-se que a maioria dos inquiridos já recorreu ou vai recorrer a explicações ou grupos de estudo, apesar deste gasto extra se traduzir num investimento mensal que ronda os 75€/mês.
“Acreditamos que estes números são consequência do elevado número de casos de infeção por covid-19 entre os mais jovens, que não conseguem ter o mesmo acompanhamento em casa comparando com a escola”, realça Alice Nunes, diretora de Novos Negócios da Fixando.
Apesar de já ser previsto pelo Ministério da Educação que os jovens em isolamento sejam acompanhados através de aulas online, dos 68% dos inquiridos que já tiveram filhos em isolamento, 40% não teve qualquer aula online a partir de casa no período de isolamento e 20% não recebeu acompanhamento de todo.