Será durante o ano de 2023 que o Teatro Nacional D. Maria II sofrerá uma profunda intervenção, várias áreas do Teatro, que envolverá restauro, manutenção e renovação.
Este projeto de intervenção foi apresentado numa conferência de imprensa, que teve lugar no D. Maria II e que contou com a presença da Ministra da Cultura, Graça Fonseca, e da Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, para além do Conselho de Administração e da Direção Artística do Teatro.
As obras a implementar no Teatro Nacional D. Maria II decorrerão ao longo de um ano e serão desenvolvidas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, relativamente ao investimento destinado à valorização, salvaguarda e dinamização do património cultural.
O projeto de remodelação terá em consideração o valor arquitetónico e patrimonial do Teatro, respondendo aos desafios que um monumento nacional acarreta e garantindo o respeito, valorização e procura de coerência com os elementos pré–existentes do edifício e com a sua história. Ao mesmo tempo serão implementadas soluções mais eficientes, que permitam uma redução dos impactos ambientais e uma melhoria na saúde no trabalho.
Sobre a programação de âmbito nacional
Durante o período em que o D. Maria II estiver encerrado ao público, a sua programação vai manter-se, sendo disseminada por todo o território nacional. “O fecho do Teatro implica redesenhar o formato tradicional da programação. O D. Maria II estará fechado durante um ano inteiro, mas a sua programação não ficará congelada. Pelo contrário, adquirirá um grande dinamismo e um alcance nacional”, refere Pedro Penim, Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II.
A Temporada 2022-2023 do D. Maria II, a primeira a ser programada por Pedro Penim, irá assim englobar uma programação verdadeiramente descentralizada, abrangendo vários pontos do país e dando especial atenção a zonas onde a oferta cultural não é tão regular, com o objetivo de contribuir para a correção de assimetrias regionais. O ano de 2023 começará no Norte do país e terminará a Sul, passando ainda pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Esta programação fora de portas incluirá referências clássicas do repertório dramático nacional e universal, bem como espetáculos de natureza mais experimental, espetáculos internacionais, peças para famílias e público escolar, bem como ações de formação, projetos de mediação de públicos e outros projetos que têm feito parte da programação deste Teatro.
A viagem do D. Maria II pelo país será apoiada pelo impulsionamento dado à rede de teatros e cineteatros pela DGArtes e pelo Ministério da Cultura. Paralelamente, o Teatro irá manter os projetos de abrangência nacional que, à data, já desenvolve, como a Rede Eunice Ageas, projeto de circulação nacional de espetáculos que conta com o apoio do Grupo Ageas Portugal, e o Próxima Cena, projeto de difusão de espetáculos em zonas de baixa densidade populacional, que tem como Mecenas o BPI e a Fundação ”la Caixa”.