O Ministério da Educação transmitiu a decisão sobre a percentagem do tempo letivo que deverá ser ocupada com as aulas online.
Segundo o Público, Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas, dá nota que “o tempo em frente ao ecrã do computador será menor para os alunos mais novos, adiantando que foi traçado um valor referência para esta divisão”.
Este decisão veio no decorrer das recomendações provenientes do departamento de educação dos Estados Unidos às escolas para facilitar a transição para o ensino digital na primeira vaga de covid-19. Este documento, frisava a menor capacidade de concentração dos alunos mais novos.
Nesse sentido, “os especialistas apontavam que cinco a dez minutos era o tempo máximo de concentração para as crianças do 1.º e 2.º ano numa aula online, enquanto que para alunos do 3.º ao 5.º ano esta capacidade poderia atingir os 15 minutos”.
Desta forma, Filinto Lima admite que a carga horária será adaptada em conformidade, sendo dividida entre aulas e atividades síncronas semanais. Atividades essas que serão muito curtas, tendo menos de duas horas de duração.
De acordo com a publicação do Público, o diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo, também reforçou a importância de diferenciar os horários e as tarefas consoante as idades, uma vez que os mais novos têm uma menor autonomia e capacidade de concentração nas atividades letivas.
Assim, de forma a facilitar o trabalho dos pais na assistência aos filhos durante a telescola, Rodrigo Melo adianta que para os alunos mais novos estão a ser programadas atividades que impliquem o mínimo de ajuda possível.