O que é que o Ensino Superior te vai trazer de bom e útil? De que forma estão as universidades a corresponder às exigências de um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e inovador? Que perspetivas poderás ter tu, enquanto estudante, nos próximos tempos? Para responder a estas e outras questões que poderás ter relativamente ao que aí vem, falámos com António Fontainhas Fernandes, Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas!
Os jovens que hoje terminam o Ensino Secundário têm muito mais acesso à informação. A frequência do Ensino Superior reveste-se da mesma importância para as novas gerações?
Hoje, cada vez mais, os desafios da atualidade e a centralidade atribuída ao conhecimento enquanto fator de desenvolvimento da sociedade moderna exigem uma maior aposta dos jovens em formação superior. Por exemplo, a frequência no Ensino Superior é vital para ultrapassar a atual crise com que nos defrontamos, tanto para os jovens, como para novos públicos, nomeadamente dos futuros desempregados que resultam da COVID-19.
Por outro lado, os alunos em vias de concluir o 12º ano nem sempre sabem que opção tomar na escolha de um curso superior. O que podem fazer para chegar a uma decisão fundamentada?
Assiste-se à convergência das tecnologias digitais, físicas e biológicas, a dita quarta revolução industrial, que se prevê provocar mudanças no mercado de trabalho. É claro que as rápidas mudanças tecnológicas apelam a novos formatos de formação, mas também não podemos esquecer que os seres humanos são capazes de sentir e de socializar, o que vai dar ênfase às características eminentemente humanas, dando uma nova centralidade às formações na área das ciências sociais e humanas. Importa ainda que os jovens encarem a passagem pela Universidade como uma oportunidade de edificação de princípios e de valores, a par da promoção de pensamento reflexivo, crítico, de criatividade e inovação.
Os novos alunos vão encontrar instituições de Ensino Superior e uma oferta formativa ajustadas ao mercado de trabalho de hoje, às profissões que dão mais emprego e às suas exigências?
É claro que as instituições se estão a preparar para os novos desafios, algo comprovado pela pronta resposta na recente transição do ensino presencial para o ensino à distância. É vital continuar a recentrar as instituições num ensino vocacionado para o desenvolvimento de competências favoráveis a mudanças tecnológicas e sociais, à inovação, à capacidade criativa e empreendedora. As instituições têm vindo a privilegiar a centralidade no estudante, envolvendo-os em dinâmicas de trabalho colaborativo, que lhes confiram competências multidisciplinares e favorecedoras de uma cultura de responsabilidade, civilidade e cidadania, permitindo assim uma melhor integração no mercado de trabalho.
Uma vez na faculdade, o que devem os alunos fazer para aproveitar a sua passagem pelo Ensino Superior da melhor forma? Como podem começar desde logo a diferenciar o seu currículo?
Os desafios atuais pressupõem novas formas de pensar, de entender e de agir, de construir itinerários multidisciplinares, segundo perspetivas abertas de olhar e compreender o mundo. Para tal, os jovens devem apostar em atividades extracurriculares que lhes confiram competências complementares, bem como devem pensar em cenários de mobilidade, numa lógica de abertura ao mundo e de acesso à informação. Tudo indica que o próximo ano letivo terá início tendo ainda a COVID-19 como ameaça latente.
Que mensagem pode transmitir aos estudantes do Ensino Superior? Que medidas de segurança tomarão as instituições de ensino para proteger a comunidade académica?
As instituições de Ensino Superior deram uma resposta rápida à situação com que nos defrontamos com a COVID-19. Da mesma forma, estão a preparar-se para a retoma de atividade presencial, de forma gradual e faseada, tendo como principal objetivo garantir sempre a segurança da comunidade académica e dos jovens em particular.
Texto de: Beatriz Cassona
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