Um aluno de excelência e um verdadeiro amante das ondas. Tem vindo a ter grande destaque em campeonatos nacionais, internacionais e mundiais.
ME-Como começou a paixão pelo surf? E quando?
GR-Devia ter uns três, quatro anos quando o surf me começou a despertar algum interesse. Ia passar as férias de verão ao Algarve e numa ida à praia o meu pai pegou em mim, pôs-me em cima de uma prancha e mandou-me literalmente para uma onda, eu adorei! Era pequenino mas comecei a perceber que era aquilo que gostava de fazer. Então pedia ao meu pai para vir comigo todos os dias para dentro do mar.
ME- Com apenas 17 anos já contas com uma grande lista de provas, recordaste da primeira?
GR-Sim, sem dúvida alguma. Era inverno e estava em Sines. Devia ter uns oito anos e ia competir na categoria sub-12. O meu pai estava a acompanhar-me dentro do mar. Perdi logo na primeira etapa pois o mar estava agressivo, saí da prova com um sorriso no rosto pois no fundo o que eu queria era divertir-me. Naquele dia não senti nenhum tipo de pressão por competir com os mais velhos e ser a minha primeira prova. Talvez a única coisa que diferenciava aquele dia com outro qualquer era usar uma fita de licra que servia para nos identificar.
ME- Como são feitos os teus treinos?
GR-No início era somente nas férias de verão. Mais tarde quando percebi que era algo que eu queria fazer de futuro comecei a empenhar-me mais. Falei com os meus pais e comecei a treinar depois das aulas. Faço sempre treinos de 1h30 a 2h, menos no inverno pois anoitece mais cedo e é sempre mais complicado. Há dias em que saio da escola, já é noite cerrada, então vou logo para casa ou vou treinar para o ginásio. Na escola, como alguns amigos meus também praticavam surf, falámos com o professor de Educação Física e durante uns anos todas as sextas-feiras ele acompanhava- -nos (já não acontece) até à praia para conseguirmos treinar inserido no Desporto Escolar. O professor era surfista e treinador.
Queres saber mais sobre esta entrevista? Carrega no link: https://bit.ly/ME_MAR_2020