A Mais Educativa falou com Marco Graça, diretor do Festival Internacional de Teatro de Improviso que em 2020 apresenta mais uma edição.
O diretor garante um evento envolvente, onde vão estar artistas de várias nacionalidades, a mostrar o que é o universo de improvisação. Colómbia, França, Portugal, EUA, Espanha e Brasil são os países de onde são oriundos os artistas que vão participar no Espontâneo em 2020.
Marco Graça deixa ainda um convite para o público assistir à 9.ª edição do Festival Internacional de Teatro de Improviso.
O palco do Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, vai receber o Espontâneo. De 27 de fevereiro a 1 de março, o festival internacional de comédia de improviso em Portugal vai fazer rir a plateia.
Mais Educativa (ME) – O que é que o Espontâneo 2020 traz de inovador?
Marco Graça (MG) – Esta edição do Espontâneo afirma definitivamente um elemento único nos festivais de improvisação europeus e não só, o facto de ser um evento com 3 línguas oficiais, português, inglês e espanhol.
Esse é o grande factor diferenciador do Espontâneo, os convidados internacionais (na esmagadora maioria dos casos) poderem apresentar o seu trabalho na sua própria lingua.
O público português é único nesse sentido, não existem muitos países onde isto seja possível.
Outro factor de salientar é a cada vez mais forte presença de improvisadores lusófonos no Espontâneo.
Este festival ganhou uma relevância no Brasil e todos os anos somos surpreendidos, com o número de projectos que se apresentam para vir a Portugal. Este ano teremos a honra de poder assistir ao espectáculo recém estreado do improvisador Marco Gonçalves e ao regresso do mítico Márcio Ballas. Um sinal que a lusofonia está viva e de boa saúde.
ME – Quem vão ser os “improvisadores” da 9.ª edição do Festival Internacional de Teatro de Improviso?
MG – Como em todas as edições, o festival tenta ser o mais abrangente possível. Queremos que o público possa assistir ao longo de 4 dias a espectáculos muito diferentes entre si, no fundo tentamos mostrar que a improvisação não é só uma coisa, mas um universo em si mesma. Como tal vamos ter o improvisador francês Flavien Reppert, a dirigir um espectáculo com um elenco internacional, os Arkham Lab da Colômbia, grupo dirigido por um dos grandes mestres internacionais da improvisação, Gigio Giraldo. Como já foi referido teremos o regresso de Márcio Ballas, com o espectáculo Bagagem, espectáculo este que foi galardoado com o prémio Melhor Espectáculo de Teatro, no Festival Risadarias, que é um dos maiores eventos de comédia do Brasil.
Dos Estados Unidos chegam-nos os Broadway´s Next Hit Musical, que são provavelmente uma das melhores companhia do mundo, a improvisar musicais e que já receberam destaques em publicações como o New York Times. Os The Modestos, de Espanha, que têm uma abordagem á improvisação muito original e muito ligada á fisicalidade e por último a estreia em Portugal do espectáculo “Montenegro e Iguassú”, trazido por Marco Gonçalves e Caio Juliano.
A nível nacional, teremos o colectivo Cardume, os Improváveis e os Instantâneos, que são a companhia que produz o festival.
ME – Quais vão ser os países representados nos 4 dias do evento? E quem os vai representar?
MG – Colômbia (Arkham Lab), França (Flavien Reppert), EUA (Broadway´s Next Hit Musical), Espanha (The Modestos), Brasil (Márcio Ballas), Brasil (Marco Gonçalves e Caio Juliano), Cardume (Portugal), Os Improváveis (Portugal), Instantâneos (Portugal).
ME – Que detalhes sobre o evento pode adiantar aos leitores da Mais Educativa?
MG – Cada dia do festival terá dois espectáculos, e em cada um desses dias o público poderá ver os improvisadores internacionais subirem a palco e improvisarem uns com os outros, em diversas línguas. Este é sem dúvida um dos momentos altos do festival, no qual artistas de culturas e quadrantes geográficos tão diversos, se unem pela primeira (e provavelmente última) vez e criam um espectáculo juntos. Depois temos diversos workshops, leccionados por alguns dos mestres presentes e este ano teremos um workshop intensivo de iniciação à improvisação teatral, dado por Márcio Ballas, o que é sem dúvida uma oportunidade absolutamente imperdível.
ME – Porque é que o público deve ir à 9.ª edição do Festival Internacional de Teatro de Improviso? Quer fazer um convite ao leitores da Mais Educativa?
MG – Este festival é sem dúvida um festival diferente de todos os outros, porque tudo o que acontece é criado no momento, para o público que ali está presente naquela noite.
Nunca nenhum daqueles espectáculos voltará a ser igual, é mesmo tudo improvisado.
Todos os convidados são artistas com créditos firmados e esta é sem dúvida, uma oportunidade única de, por exemplo, ver uma dos maiores grupos dos Estados Unidos actuar em Portugal.
Por último, fica a promessa a quem vier, que terão as quatro noites mais inesperadas e divertidas da vossa vida!