Os Men On The Couch editaram o primeiro álbum, intitulado “Senso Comum”, a 11 de outubro. A banda madeirense está em Lisboa para apresentar o primeiro trabalho discográfico e a 24 de outubro no Sabotage. A Mais Educativa falou com os quatro amigos e ficou a conhecê-los melhor.
Mais Superior (MS) – Como surgiu a hipótese de gravarem o primeiro álbum?
Men On The Couch (MOTC) – O álbum surgiu da vontade de gravar com mais qualidade as canções que tínhamos guardadas na gaveta. Iniciámos uma campanha de crowdfunding, que superou as nossas expectativas e que nos permitiu levar essas canções para o BlackSheep Studios, onde decorreu todo o processo de gravação e produção do álbum.
MS – Era algo que queriam fazer há algum tempo? Ou nunca tinham pensado nisso seriamente?
MOTC – Sim, era algo que já tínhamos em mente há algum tempo.
MS – Porque escolheram chamar “Senso Comum” ao primeiro álbum da banda?
MOTC – O nome para o álbum foi algo que surgiu naturalmente, tendo em conta que este retrata várias experiências vividas por nós, abordando amores e desamores, bem como as nossas perspetivas sobre o mundo que nos rodeia.
MS – Que mensagem procuraram transmitir? E por que escolheram filmar um videoclip que simula um funeral dos membros da banda?
MOTC – Nesta canção exploramos o tema da morte, que por vezes leva para músicas de cariz mais pesado e sombrio. Com um pouco de ironia e sarcasmo, tentamos transmitir uma mensagem diferente, tratando a morte como um acontecimento inevitável e tentando dar um toque de leveza a algo que vem sempre associado à tristeza.
MS – Como é que o público recebeu o primeiro single “Se eu morresse amanhã”?
MOTC – Sentimos que a receção do público foi boa. É uma música que, embora fale de um tema pesado como a morte, fez com que o público se relacionasse devido à nossa abordagem positiva.
MS – Quem são o Francisco Sousa, o Guilherme Gomes, o João Rodrigues e o Tiago Rodrigues? E o que querem dar à música portuguesa?
MOTC – Somos 4 rapazes da madeira que queremos deixar a nossa marca na música pela diferença.
MS – Inicialmente, cantavam em inglês, o que é que vos fez passar a escrever em português?
MOTC – A transição do inglês para o português foi algo natural. Começámos como uma banda de covers e como tal era mais fácil escrever em inglês. No entanto, à medida que fomos ganhando mais à vontade, escrever em português tornou-se a melhor opção devido à facilidade de expressarmos e transmitirmos as nossas ideias na língua materna.
MS – Que concertos têm marcados? E para quando?
MOTC – Sim, vamos apresentar o álbum para o público a 24 de Outubro no Sabotage, em Lisboa. Mas estamos em processo de marcar mais datas no resto do país, para apresentar o projeto.
MS – Para aqueles que ainda não vos conhecem, de que modo se distinguem do panorama musical português?
MOTC – Nós apresentamos um som leve, fácil de digerir, que tanto consegue pôr a malta a soltar a anca, como a refletir sobre temas que nunca tinham pensado antes.
[Imagens: Fernando Miguel Marques]