Começou no YouTube, onde conquistou fãs em todo o mundo, e depressa criou um blogue. Apostou depois na representação, tudo enquanto mostrava a sua música em vários singles. Agora, dá-se a conhecer com o seu primeiro longa-duração, que promete ter Tudo Pra Dar. Vem conhecer melhor a Mia Rose!
Tudo Pra Dar conta com as participações dos D.A.M.A, do Agir e do Diogo Piçarra. O single de avanço, Tudo Pra Dar, tem a colaboração de Salvador Seixas e já foi visto milhões de vezes no YouTube.
Mia, tu provavelmente sempre quiseste ser cantora, mas pode dizer-se que a tua carreira profissional acabou por acontecer por acaso…
É verdade. Em termos profissionais foi um acaso, uma brincadeira que correu bem. No entanto, desde pequena que sempre quis cantar, e ainda tenho vídeos caseiros onde nem dentes tinha, a cantar para os meus pais e a obrigá-los a ouvir-me! (risos)
Sempre foi uma coisa que eu quis e que me imaginei a fazer, e a verdade é que uma simples brincadeira acabou por proporcionar a carreira que tenho hoje em dia.
O YouTube levou-te ao sucesso com as milhares de visualizações que tiveste, e houve mesmo uma editora que quis fazer de ti uma espécie de Rihanna. Como reagiste?
Isso foi na segunda vez que fui para os Estados Unidos. Na primeira vez, de facto eu assinei o contrato e comecei a trabalhar, mas depois aconteceu a crise económica e eu voltei para Portugal para fazer deste país a minha base.
Entretanto, voltei a ter outro convite da editora da Lady Gaga, onde eles queriam tornar-me num produto onde eu não tinha voz, e isso era uma coisa que não fazia parte dos meus princípios e dos meus valores morais. Sempre quis muito fazer parte do processo criativo da minha música, e por isso acabei por decidir voltar para Portugal – desde então tenho estado a trabalhar, lancei vários singles, tenho também trabalhado em áreas diferentes, mas sempre com uma ligação à música. Agora, finalmente e depois destes anos todos, lancei o meu primeiro álbum.
“Se quiserem conhecer-me melhor, podem ouvir o meu álbum. É a minha essência, onde falo das minhas conquistas, dos meus medos, das minhas inseguranças, das minhas felicidades… Orgulho-me dele a 100 por cento.”
Este álbum é a representação daquilo que sempre quiseste ser, a tua essência?
Sem dúvida… Eu até costumo dizer que, se as pessoas me quiserem conhecer melhor, podem ouvir o meu álbum. É a minha essência, tanto que eu tenho um cunho pessoal em todas as músicas, onde falo das minhas conquistas, dos meus medos, das minhas inseguranças, das minhas felicidades… O álbum tem um bocadinho de mim nas músicas e é um produto do qual eu me orgulho a 100 por cento.
Tu tens muitos projetos na tua vida… A música, o blogue, também já foste atriz, e agora até estás noiva! Como é que uma jovem – na idade em que se quer viver tudo – consegue organizar a sua vida em tantos aspetos?
É isso mesmo… É ter uma capacidade muito grande de organização e disciplina. Eu acordo muito cedo e deito-me bastante tarde, mas quando o faço é mesmo para dormir. Gosto de organizar o meu dia e de ter tempo para tudo: edito os meus próprios vídeos e também sou eu que escrevo tudo no meu blogue.
É verdade que também estou noiva e essa é a parte que tem sido um pouco difícil, porque não tenho tempo para organizar todos os detalhes que envolvem um casamento. Mas é uma questão de utilizar a técnica de ter os pés bem assentes na terra e de ser bastante disciplinada, para conseguir ter tempo para tudo.
O que é que este álbum representa para ti?
Representa-me a mim, sobretudo. É um bocadinho de tudo aquilo que eu já vivi, todo o processo criativo ao longo destes dez anos. Como eu cresci enquanto cantora, compositora e mulher. Este álbum tem em todos os temas um bocadinho de toda a minha vivência no mundo da música.
Qual é a tua música favorita?
É a Não sei, com o Diogo Piçarra, porque a música foi escrita a pensar na minha avó, uma pessoa muito especial para mim. É um tema que tem muito amor na letra.
Este álbum é para quem?
Este álbum é sobretudo para os meus seguidores, os meus fãs, que são as pessoas mais importantes. A seguir a isso, é dedicado às pessoas que trabalharam nele. Mas, a nível pessoal, é mesmo para a minha avó, que infelizmente não está cá para o poder segurar nas mãos, mas sei que ela iria estar muito orgulhosa de mim.
Este álbum conta com várias participações… Podemos ter surpresas nos concertos?
Não posso desvendar muito, senão as pessoas não vêm! (risos) Mas se tiverem oportunidade venham, pois haverá muitas surpresas e muitos momentos engraçados, e de certeza que se irão divertir muito!
[Entrevista: Mariana Morais]
[Fotos: Marileuza Injai]