Bruno Teixeira começou a estagiar e mudou a sua forma de pensar, de analisar e de organizar as ideias. Na área de engenharia, é preciso saber lidar com a pressão e ter capacidade de analisar um problema de várias perspetivas, e para isso é importante começar a traçar objetivos durante a licenciatura.
Nome: Bruno Teixeira
Empresa e Atividade: Fabricação e Manutenção Aeronáutica na OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal
Curso/Ano: Licenciatura em Engenharia Mecânica – Ramo Aeronáutica no Instituto Politécnico de Setúbal
Objetivo Profissional: Colocar em prática os meus conhecimentos em prol da empresa e crescer profissionalmente
Como surgiu a oportunidade de fazer este estágio?
No contexto dos planos de estudo da minha licenciatura, no último semestre é dada aos alunos a opção de realizar um projeto ou um estágio na área. Sendo eu da área da aeronáutica, surgiu a proposta por parte do Professor Nuno Nunes de estagiar na OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, inserido na equipa da Qualidade do Produto de Manutenção.
“Apliquei processos e métodos, experienciei um pouco da dificuldade e da pressão que existe no mundo do trabalho, e senti-me grato por muita da teoria dada ao longo do curso ter tradução prática.”
Qual é a importância de um estágio, tendo em conta a sua área de atividade e o curso que tirou?
Na área de engenharia, a importância da realização de um estágio está no constatar da aplicação de processos e métodos apreendidos, em poder sentir um pouco da dificuldade e da pressão que existe no mundo do trabalho, e por fim na sensação gratificante de ver que muita da teoria dada ao longo do curso tem aplicação prática.
Fale-nos dos primeiros dias em contexto profissional. O que aprendeu? Ao que é que teve de se habituar? O que mudou em si?
Os primeiros dias foram planeados de forma a ter a melhor integração possível na empresa e na equipa com quem iria trabalhar. Foi-me dada formação nos mais diversos campos da qualidade, sistemas de excelência, segurança no trabalho e gestão ambiental.
Neste estágio aprendi fundamentos relativos à regulamentação aeronáutica e também vários processos e técnicas utilizadas na área da qualidade. Tive de me habituar a lidar com a pressão, que não é a mesma que existe no mundo académico. O que mudou em mim foi a forma de pensar, de analisar e de organizar as ideias.
Ao dia de hoje, o que sente que vai levar deste estágio? Quais são as mais-valias de o ter feito?
O que levei deste estágio foi sem dúvida a experiência e todos os ensinamentos transmitidos pelas pessoas com que trabalhei. Como principais mais-valias destaco o sentido de responsabilidade e a capacidade de analisar um problema de diferentes perspetivas. Por fim, e talvez o mais importante de tudo, a proposta de assinar um contrato com a empresa por mais um ano, como estágio profissional.
Para fazer este estágio, fez uma licenciatura. O que é que ela lhe ensinou que se revelou fundamental para entrar no mercado de trabalho?
A licenciatura transmitiu-me os fundamentos na área de engenharia que preenchem os principais requisitos exigidos pelas empresas do setor. Para além disso, deu-me a conhecer o lugar e a forma correta para pesquisar a informação de que preciso.
Em seu entender, do que precisa um jovem para sair da universidade preparado para ser um profissional da área?
No meu entender, deve ter um bom comportamento como estudante, tirando o máximo partido das disciplinas de que mais gosta, e traçando objetivos sabendo onde quer estar. No que diz respeito às competências, é importante saber usar ferramentas informáticas, ter um bom conhecimento dos fundamentos básicos do seu curso e ter boas noções de inglês.
Que desafios vão os jovens encontrar no mundo profissional, que não conheciam do mundo académico?
Na minha opinião, entrando no mundo do trabalho existem diversas situações que mudam, tais como a pressão, o trabalho em equipa – onde a falha individual põe em causa o trabalho de todos –, o sentido de responsabilidade, o método de aprendizagem e a forma de planear o seu próprio dia de trabalho.
[Foto: cedida pelo entrevistado]
Esta entrevista é parte integrante do Guia de Acesso ao Ensino Superior 2017/18 da Mais Educativa, disponível para consulta aqui.