É assim que a Luísa Caldas olha para a farmácia comunitária, área onde está atualmente a estagiar. Tornou-se mais curiosa e responsável, e tem hoje o coração mais cheio e completo graças à oportunidade de lidar com colegas e utentes. E de uma coisa tem a certeza: Para se ser bom, é essencial escolher o curso certo e gostar dele!
Nome: Luísa Forte Varajão Caldas
Empresa e Atividade: Estagiária na Farmácia Brito
Curso/Ano: 5º ano do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas na Universidade Fernando Pessoa
Objetivo Profissional: Indústria Farmacêutica
Como surgiu a oportunidade de fazer este estágio?
O meu estágio faz parte do programa do mestrado integrado do curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Fernando Pessoa. Este estágio está incluído no 2º semestre do 5º ano da licenciatura, e tem a duração de seis meses.
Qual é a importância de um estágio, tendo em conta a sua área de atividade e o curso que tirou?
O estágio é extremamente importante, e mesmo que fosse opcional, fá-lo-ia na mesma. Tem como objetivo o contacto direto com os medicamentos e demais produtos de saúde, desde que saem da indústria/distribuidor grossista até ao momento da sua dispensa.
A farmácia comunitária é muito mais do que um local onde se dispensam medicamentos, tem uma missão social significante, sendo o local onde as pessoas se aconselham, esclarecem dúvidas, detetam problemas e que contribui para o bem-estar da comunidade.
“Na farmácia, somos confrontados diariamente com outras realidades que nos obrigam a uma constante versatilidade e adaptação.”
Fale-nos dos primeiros dias em contexto profissional. O que aprendeu? Ao que é que teve de se habituar? O que mudou em si?
Os primeiros dias foram repletos de novos conhecimentos e experiências. Saliento o contacto direto com os utentes, com a lista colossal de medicamentos e os inúmeros pormenores do programa informático inserido na farmácia. A aprendizagem é permanente e tornei-me uma pessoa mais curiosa. Tive de me adaptar à vida rotineira, aos horários e às funções a cumprir, e ganhei responsabilidade.
De resto, o contacto com o público é bastante agradável e a boa disposição que temos de transmitir despertou em mim maior sensibilidade para comunicar com os outros, essencialmente com os mais velhos.
Ao dia de hoje, o que sente que vai levar deste estágio? Quais são as mais-valias de o ter feito?
Deste estágio vou levar amizades, quer com a equipa quer com os utentes, mais bagagem ao nível dos conhecimentos e das experiências, e a sensação de coração ainda mais cheio e completo.
Para fazer este estágio, fez uma licenciatura. O que é que ela lhe ensinou que se revelou fundamental para entrar no mercado de trabalho?
Hoje em dia, uma licenciatura acaba por ser essencial, não só pelo curso, como também pelo desenvolvimento pessoal. Tenho a noção que cresci e amadureci imenso nestes últimos anos de faculdade. O ato de desenvolver, criar laços e estabelecer novos contactos é imprescindível para uma boa inserção no mercado de trabalho.
Em seu entender, do que precisa um jovem para sair da universidade preparado para ser um profissional da área?
Em primeiro lugar, deve-se gostar do curso e gostar do que ele vai representar para nós no futuro. Por si só, o curso de Ciências Farmacêuticas já não é fácil, o que obriga a aproveitarmos todos os conselhos e saberes de quem nos transmite conhecimento. As aulas devem ser aproveitadas ao máximo!
Escolher o curso certo e gostar dele é essencial para se ser um bom profissional!
Que desafios vão os jovens encontrar no mundo profissional, que não conheciam do mundo académico?
No mundo profissional há desafios completamente diferentes daquele que existem no mundo académico, são realidades inteiramente distintas. Enquanto que na faculdade as noções são todas teóricas, no mundo profissional são práticas ou, no mínimo, teórico-práticas. Na farmácia, somos confrontados diariamente com outras realidades que nos obrigam a uma constante versatilidade e adaptação.
É um grande desafio encarar o mundo profissional enquanto estagiário, e abre-nos portas para novas realidades que surgirão futuramente.
[Foto: cedida pela entrevistada]
Esta entrevista é parte integrante do Guia de Acesso ao Ensino Superior 2017/18 da Mais Educativa, disponível para consulta aqui.