Os estudantes universitários têm cada vez menos despesas, de acordo com um estudo do Instituto da Educação da Universidade de Lisboa.
Nos últimos cinco anos, os custos dos alunos que frequentam o Ensino Superior desceram, em média, 180 euros. Esta é a principal conclusão de um estudo desenvolvido pelo Instituto da Educação da Universidade de Lisboa, e que analisa as despesas dos estudantes e das suas famílias com base num inquérito feito a mais de mil alunos do Ensino Superior Público e Privado, que se encontram a estudar no atual ano letivo (2016/2017).
De acordo com este trabalho, em 2015/2016 os estudantes do Ensino Superior tinham, em média, uma despesa de 6446 euros anuais. Destes, o valor gasto com a educação – que compreende as propinas, as taxas, os livros e outros materiais – é de 1.718 euros. O alojamento, o telefone, a alimentação, as despesas médicas e os transportes ascendem a 4.727 euros anuais, o que significa que correspondem a três quartos do valor total das despesas dos estudantes.
Mas estes valores eram superiores há cinco anos atrás. Segundo este estudo, em 2010/2011 a despesa média de um aluno era de 6624 euros – destes, 1935 euros destinavam-se à educação e 4690 euros ao custo de vida, o que significa que durante este período, os custos dos estudantes de Ensino Superior caíram em média 180 euros, ou 2,7 por cento.
A grande responsável por isso é a redução da despesa na educação – menos 217 euros, ou 11 por cento. Já no custo de vida, houve um aumento residual (0,8 por cento).
Este estudo apurou ainda que “no Ensino Superior Politécnico Privado os custos baixaram de forma muito significativa”, na ordem dos 20 por cento (de 10.408 euros para 8.296 euros), enquanto que entre os alunos das universidades públicas a fatura caiu 6,2 por cento (366 euros).
Já analisando a área de formação, são os alunos de Gestão de Ciências Computacionais (7.342,40 euros) e de Educação (7.233,80 euros) a ter mais despesas.
Apesar desta redução nos gastos, a fatura anual de um aluno do Ensino Superior continua a ser superior ao valor da bolsa de estudo máxima atribuída pelo Estado, que é de cerca de 4634 euros anuais – correspondendo a 11 vezes o indexante de apoios sociais (IAS).
[Fonte: Instituto da Educação da Universidade de Lisboa e Jornal i]