Manda a tradição que, para comemorar as Festas de Lisboa, haja um concurso para encontrar os melhores desenhos da tradicional sardinha. E estas são as sardinhas das Festas de Lisboa ’17.
O concurso de design de sardinhas da edição deste ano das Festas de Lisboa aconteceu sob o lema Faça Você Mesmo, e recebeu cerca de 5 mil propostas de 60 países diferentes. Após votação – encabeçada pelo designer e “pai das sardinhas” Jorge Silva, pela jornalista Joana Stichini Vilela e pelo radialista Fernando Alvim, estas foram as cinco sardinhas vencedoras:
“A fanfarra saiu à rua de forma imponente fez tamanha algazarra acordou toda a gente.”
A Fanfarra, Ana Melo
“Há lendas sobre mergulhadores encantados por sereias. Mas o nosso mergulhador apaixonou-se por uma sardinha na costa de Lisboa. Nas noites escuras, em alto mar, pode avistar-se uma luz prateada ao longe. É lá que eles vivem felizes para sempre.”
Mergulhador Apaixonado, Antonio Aragüez
“Lata ensardinhada” é a inversão da “Sardinha enlatada”. Quando pensamos em referências a sardinhas, a sardinha enlatada é uma das imagens mais icónicas. Jogando com o lugar-comum, em vez de pôr a sardinha na lata, resolvi, a partir da forma dada, ensardinhar as latas tão características da conserva portuguesa. Pode dizer-se também que é uma sardinha cheia de lata!
Lata Ensardinhada, Joana Não
O conceito da ilustração vem do Fado, cuja origem é atribuída às classes sociais mais baixas e aos bairros marginais. Uma associação às canções que as prostitutas costumavam cantar em cantos escuros, entre becos, como uma forma de tornar agradável a espera dos seus clientes. Queria dar a este tema “tabu” um rosto brilhante e colorido, tão colorido como Lisboa. Assim, esta sardinha une a parte mais alegre e escura da cidade.
Mulheres Lisboetas, Miguel Angel Camprubi
Uma sardinha que ilustra a boa disposição, o convívio e a “cusquice” das vizinhas, que não perdem a oportunidade de trocar um dedo de conversa. A diversidade de roupa e acessórios simboliza todo um Portugal e toda uma cultura inseridos num ambiente lisboeta. As cores representam a nacionalidade.
Comadres, Patrícia Penedo
[Fonte: Shifter]
[Fotos: Organização]