A frase resume a postura do Ricardo Soares perante o estágio que está a fazer no ISCAP. Este aluno de Assessoria considera que a chave para uma experiência profissional bem sucedida está num foco e numa meta bem definidos, e sobretudo em tudo aquilo que reteve da sua formação superior.
Nome: Ricardo Afonso Soares
Empresa e Atividade: Estagiário do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) no Gabinete de Apoio à Inovação em Educação (GAIE), e também no Gabinete de Comunicação e Relações Públicas (GCRP)
Formação: Licenciatura em Assessoria e Tradução no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto
Como surgiu a oportunidade de fazer este estágio?
Eu sempre fui uma pessoa muito proativa, com vontade de aprender e de fazer mais, por isso qualquer oportunidade na qual eu me imagine a trabalhar e a desempenhar as minhas funções com competência, eu agarro-a! E foi o que aconteceu: Numa aula foi proposto a todos os alunos candidatarem-se a um estágio para o GAIE, e o que era para ser um estágio de 6 meses já se tornou num ano letivo inteiro. Depois, aos poucos fui criando relações profissionais e pessoais dentro do ISCAP, o que fez com que fizesse alguns trabalhos para outros gabinetes, como é o caso do GCRP.
Tendo em conta o teu curso, que mais-valias traz o contacto com as empresas?
Neste momento, encontro-me a finalizar o curso de Assessoria e Tradução no ISCAP. Estamos a falar de uma licenciatura que está ligada a todos os tipos de empresas, porque todas elas precisam de um assessor, de preferência que saiba mais uma ou duas línguas, para além do português.
Assim, o contacto com empresas é um bem a não prescindir, pois ajuda ambos os lados. Como alunos, ajuda a que percebam melhor quais as características que são esperadas de si enquanto assessores; no caso das empresas, só têm a ganhar, pois encontram profissionais qualificados e cheios de ideias e conceitos novos, prontos para trabalhar e para os colocar em prática.
“A chave principal para o estágio é tudo aquilo que está para trás, e são as competências adquiridas ao longo da licenciatura: Uma boa postura em contexto social, soft skills bem desenvolvidas e, acima de tudo, paixão pelo trabalho.”
O que é que aprendeste na tua licenciatura que se revelou fundamental para esta relação com o mercado de trabalho?
Não é apenas a minha licenciatura que me ensina algo fundamental para o mercado de trabalho. O ISCAP em si tem uma visão direcionada para o mundo do trabalho, incutida desde o primeiro dia de aulas para nos orientar e não nos deixar à deriva sem qualquer ajuda. Tudo aquilo que aprendemos é colocado em prática, de modo a avaliar os nossos conhecimentos como profissionais competentes que devemos vir a ser.
A minha licenciatura é apenas um ramo desta imensa árvore, que me preparou tanto a nível comunicativo como a nível técnico para desempenhar as minhas funções a 100%.
Em teu entender, do que precisa um jovem na transição da universidade para o mercado de trabalho?
Quando estamos na transição da universidade para o mercado de trabalho, o choque é grande. É uma nova etapa e é quase reaprender a respirar, mas devemos sempre ter uma meta e ter um foco naquilo que ambicionamos.
A chave principal para esta etapa é tudo aquilo que está para trás, e são as competências adquiridas ao longo da licenciatura: Uma boa postura em contexto social, soft skills bem desenvolvidas e, acima de tudo, paixão pelo trabalho.
Que desafios vão encontrar no mundo profissional, que não conheciam do mundo académico?
Quando temos noção das nossas competências técnicas, os desafios que possam vir a existir devem existir sobretudo ao nível da comunicação com os vários colegas de trabalho. Enquanto estudamos, somos nós quem decide com quem trabalhar, com quem se relacionar, com quem discutir, mas no mundo profissional tudo muda. Aí vamos ser obrigados a lidar com pessoas com as quais não gostamos de trabalhar, e com as quais a afinidade é nula, mas temos sempre de nos lembrar do nosso lugar e pensar que se gostamos daquilo que fazemos, temos de o fazer bem, e que nada mais importa. Pois sem trabalho, nada feito.
[Foto: cedida pelo entrevistado]