Ana Correia é atualmente uma estudante de Arquitetura e Urbanismo, e desde cedo viu crescer o seu gosto pela área. O motivo da sua escolha passou pela abrangência do setor e pela possibilidade de o conjugar com outros domínios.
Nome: Ana Patrícia Silveiro Correia
Universidade/Faculdade: Escola Superior Gallaecia
Curso/Ano: 5º ano do Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo
Objetivo Profissional: Atuar na área da Arquitetura, em desenvolvimento de projetos de arquitetura e interiores, com especial enfoque na área da reabilitação.
Porque é que escolheste esta área de formação? Que planos tens para o futuro?
O motivo que me levou a escolher a área de Arquitetura e Urbanismo foi bastante óbvio: a sua abrangência. Ter a oportunidade de criar os meus próprios espaços e ambientes, mas também estar habilitada para trabalhar tanto na área da Arquitetura como do Urbanismo, abre um leque ainda maior, e numa época como esta, todos estes “pequenos” detalhes podem fazer a diferença.
Ao longo do curso, fui adquirindo um gosto especial pela intervenção no edificado existente e patrimonial. Neste âmbito, gostaria de trabalhar numa empresa de arquitetura, no desenvolvimento de projetos de arquitetura e interiores, com especial enfoque na área da reabilitação e intervenção em edifícios existentes e patrimoniais.
De facto, a área da Arquitetura é uma área muito abrangente e fazer projetos é apenas uma das suas vertentes. Ter a oportunidade de criar os meus próprios espaços e ambientes, mas também estar habilitada para trabalhar tanto na área da Arquitetura como do Urbanismo, abre um leque ainda maior.
O que muda do Ensino Secundário para o Ensino Superior?
Principalmente, o nível de exigência. Não só pelo programa de estudos em si, que também é muito mais exigente e focado, mas também pela própria responsabilidade que é depositada em nós, pois é um momento de mudança em que passamos a ter uma maior “liberdade”, mas também uma maior autonomia e responsabilidade, que temos de saber gerir. Os bons ou os maus resultados dependem de nós: no Ensino Superior, não temos ninguém que nos diga que temos de estudar ou que ir às aulas. Mas embora se tenha que dedicar muito mais tempo aos estudos, é possível haver diversão e bons resultados, sendo tudo uma questão de saber gerir bem o tempo.
O que precisaste de fazer para te adaptares ao mundo universitário? Quais foram as grandes diferenças que encontraste face ao secundário?
No meu caso, a maior diferença sentida foi mesmo a nível da exigência. Estar perto de casa ajudou, não só por ter o apoio dos meus pais, mas também pelo facto de estar em casa e ter o meu próprio espaço para trabalhar – sinceramente, entre maquetes e painéis, por mais organização que se tenha, todo o espaço é bem-vindo.
No entanto, trata-se de uma fase em que tudo depende de nós. Não é como no secundário, em que tudo o que precisamos é-nos dado ou está ali. No Ensino Superior somos nós que temos de procurar, ir além daquilo que nos é dado e ter a iniciativa de querer aprender, indo sempre mais além.
Que qualidades e competências consideras essenciais para ter sucesso na universidade?
Considero a organização fundamental, tanto na gestão do próprio tempo como em tudo o resto. Tirar apontamentos é fulcral, além de ser um ótimo truque para aulas teóricas mais aborrecidas e para garantir que estamos atentos. Acaba por ser um autêntico resumo de toda a matéria, e torna-se bastante útil no estudo para as frequências, especialmente se conjugados com os slides das aulas e bibliografia recomendada, que sempre que possível deve ser consultada. Ter acesso frequentemente a revistas, livros, artigos e websites ou blogues dentro da nossa área de estudo também é essencial para alargarmos não só o nosso conhecimento e campo de visão, como também para nos mantermos atualizados.
O que destacas no teu curso?
Sendo um Mestrado Integrado em Arquitetura e Urbanismo, que aborda as diferentes áreas destas duas escalas, os meus destaques vão desde o território ao detalhe arquitetónico. Saliento ainda a importância da perceção desta relação entre as duas vertentes, assim como da importância do contexto para as obras arquitetónicas. A nível das saídas profissionais traz também uma vantagem, visto que estamos habilitados a trabalhar também na área do urbanismo e não só na área da arquitetura. Durante o Mestrado são abordadas várias áreas da atuação da arquitetura, desde o urbanismo, já referido, ao equipamento, habitação, património, etc., sendo esta última a que mais me despertou interesse, dada a exigência e complexidade em intervir neste tipo de edificações.
Que conselhos podes dar aos jovens que estejam indecisos na escolha desta área de formação?
Em caso de indecisão, o conselho que deixo é: verifiquem as saídas profissionais de cada área em que estão interessados e façam um balanço consoante aquilo que vos daria mais gozo fazerem e consoante a abrangência do próprio curso. A área da Arquitetura, embora estejamos numa altura em que a construção está um pouco saturada no nosso país, é já por si uma área bastante abrangente e com bastantes saídas profissionais, além de que pode ser conjugada com outras áreas como a Engenharia, o Design, a Fotografia, entre outras. Além disso, através do processo de Bolonha, é possível atuar em qualquer ponto da Europa, o que abre um grande leque de oportunidades.
[Foto: cedida pela entrevistada]