A AXLR8 foi a equipa vencedora da edição portuguesa de 2015 do F1 nas Escolas, e está agora à procura de apoios para concretizar o sonho de viajar até Singapura para participar na final mundial do concurso, e apresentar o seu projeto de forma global. A Mais Educativa foi falar com a equipa e conta-te tudo nesta entrevista.
A F1 nas Escolas é um projeto global, criado para promover a Ciência, a Tecnologia, a Engenharia e a Matemática e a intervenção das mulheres nos desportos motorizados, e que permite a estudantes de todo o mundo aprenderem uma enorme variedade de aptidões – da Engenharia e Física ao Design e Marketing. A AXLR8 (Accelerate) é uma promissora jovem equipa de estudantes do CLIP (Colégio Luso Internacional do Poto), que participou neste projeto e realizou o sonho de conseguir o seu lugar na final mundial em Singapura. Agora necessitam de financiamento para chegar lá com o resultado do seu árduo trabalho, e nós fomos descobrir mais.
Quem são vocês, onde e o que estudam e quais são as vossas funções (na prática) na AXLR8?
Somos a AXLR8, um grupo de 4 jovens sonhadores do CLIP – Colégio Luso Internacional do Porto – que vão ter o privilégio de representar Portugal na Final Mundial do projeto F1 in Schools, um desafio que reune conhecimentos de todas as áreas curriculares e não curriculares. Todos os nossos backgrounds são bastantes diferentes e queremos seguir áreas muito distintas. A Sofia é a Líder de Equipa, por isso está envolvida em todas as áreas do projeto, bem como por as supervisionar. Enquanto Designer, o João responsabiliza-se pelo desenvolvimento da nossa marca, pelo conteúdo gráfico que a suporta e pela revisão gráfica de todos os documentos e suportes. Para além destas tarefas, juntamente com a Sofia, toma conta da parte de engenharia do projeto, desenhado o carro em 3D, desempenhando testes e tratando da pintura e acabamentos. O David é o Diretor de Recursos, e por isso trata de fazer um orçamento e criar um timeline de trabalho, mas também por várias tarefas que vão surgindo, como a criação do website. A Francisca é responsável por Relações com a Indústria e por isso trata de contactar empresas para patrocínios e parcerias.
Como e quando decidiram desenvolver um carro para a F1 nas Escolas? O que vos levou a dedicar meses das vossas vidas a este projeto?
O projeto já tinha sido explorado, embora sem sucesso, em anos anteriores, por alunos da nossa escola. Contudo, foi no ano passado (2013/2014) que um dos nossos colegas – que agora estuda Engenharia Aeronáutica na Holanda – nos apresentou (ao João e à Sofia) o F1 in Schools. Ficámos imediatamente cativados embora sem grandes esperanças de sucesso. Tendo chegado à Final Nacional na temporada passada, alcançando um 6º lugar, fez-nos ainda mais desejar o bilhete para a Final Mundial, formando nova equipa e lutando pelo lugar no pódio.
Talvez o nosso fator comum na equipa seja não sermos capazes de estares quietos durante muito tempo – não no sentido literal da expressão mas sim na necessidade que temos de criar, pensar e aprender. Encontramos no F1 In Schools a possibilidade de explorar percursos para nós anteriormente estranhos e, na nossa opinião, não há melhor sentimento do que aquele que sentimos quando construímos de raiz algo que é nosso e que podemos ver crescer e melhorar no dia-a-dia. Para além disto, há o sonho. O sonho de chegar mais longe e de fazer voar bem alto a bandeira Portuguesa. O sonho de ir a Singapura – pérola da Ásia fazer aquilo que mais gostamos. Para nós, ha um sentimento que se sobressai: missão (quase) cumprida.
De forma resumida, o que é que é preciso para construir um carro vencedor neste concurso?
De um ponto de vista técnico, há 3 fatores dominantes: Peso, Aerodinâmica e Resistência ao rolamento. Tratando-se de um modelo tão leve (peso mínimo 55g), cada grama adicional faz uma diferença enorme no tempo de corrida, sendo portanto este o fator mais crítico. Segue-se a aerodinâmica que, embora não seja crucial, é muito importante quando se joga nas milésimas de segundo. Por fim, quanto menos atrito existir entre a pista e o carro, menos energia é perdida e portanto melhor é a performance.
Em suma, um carro vencedor é fruto de uma cuidada atenção ao detalhe. Todos os milímetros e miligramas contam e podem sem dúvida fazer diferença
Precisam agora de apoios para marcarem presença na final mundial do concurso, em Singapura. Do que estão à procura efetivamente, e como é que as pessoas vos podem ajudar?
Diz-se que o sonho comanda a vida mas precisamos mais do que um sonho para chegar a Singapura. Sendo geograficamente tão longe e considerado como destino de luxo, os custos associados à nossa viagem são deveras gigantescos, absorvendo grande parte do nosso orçamento. Contamos com a ajuda dos nossos patrocinadores – nomeadamente o nosso colégio (CLIP) e a NORS – mas, de forma a atingir o nosso objetivo de 11 mil euros, criamos uma campanha de crowdfunding onde qualquer pessoa pode fazer o seu contributo! Apelamos a todos os Portugueses que se juntem a nós nesta campanha que nos irá levar até Singapura.
Temos ainda preparados pelo menos dois eventos em sitíos de grande afluência mas que ainda não podemos divulgar.
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No final, em que gostariam que este projeto se transformasse? Qual é o vosso objetivo?
Para nós, este projeto já transformou o sonho numa realidade! Para a Sofia, ter a oportunidade de explorar conhecimentos tão aprofundados de algo tão especifico, ensinou-lhe muito mais que alguma vez aprendeu numa sala de aula. Para o João, além de ter confirmado aquilo que realmente quer seguir no Ensino Superior – Design de Comunicação – permitiu-lhe adquirir conhecimentos em áreas que nunca pensou dominar.
Agora, a AXLR8 quer atingir a melhor posição de sempre para Portugal e trazer para casa um troféu!
Se quiseres ajudar a equipa a viajar até Singapura, dá o teu contributo através desta página.
[Foto: cedidas pelos entrevistados]