Entrevista | ÁTOA: O trio (imparável)
Após a vitória num concurso da plataforma “Tradiio”, a ironia subtil traçou acordes e melodias, que se revelaram — muito — distantes do acaso.
Com o destaque alcançado — nas rádios nacionais —, o amadurecimento rendeu-lhes 200 performances — incluindo nos prestigiados festivais Sudoeste e MEO Marés Vivas — e duas nomeações para os Globos de Ouro, solidificando terrenos ecléticos, que cativam.
Hoje, seguem em frente — prontos para atingir excêntricos patamares.
“Super-Herói” e “Drunk Again” concebem um percurso triunfante — marcado pelo registo discográfico “Idade dos Inquietos”. A evolução alarga horizontes?
A diversidade de narrativas representa períodos de descoberta e transformação, que alimentam uma trajetória — sem limites — e reforçam um compromisso de autenticidade.
Somos gratos pelo impacto que cada criação detém, proporcionando-nos um enriquecimento, que comprova o valor inestimável de uma verdadeira conexão com o público.
07.03.24 simbolizou o início de um capítulo. A imprevisibilidade do universo artístico converte desafios em oportunidades emocionantes?
A entrada do Tiago Teixeira reacendeu a paixão e o entusiasmo dos primeiros passos, impulsionando a criatividade e afirmando o espírito único, que nos define — desde o começo, onde a união é a força matriz.
“Romance de Balcão” — com a participação dos Seistetos — explana a “felicidade de um regresso a casa”?
É um hino à vida académica, que transmite uma mensagem fascinante, direcionada — predominantemente — aos que trilham os caminhos do nosso querido Alentejo, fundindo o pop eletrónico com a sonoridade tradicional — assente em “Promessa da Caloira”.
A priorização da língua portuguesa constitui um dos objetivos basilares. Que exigências acarreta?
Integrar uma era de ouro, que ganha espaço e reconhecimento além-fronteiras, traduz-se na colossal responsabilidade de abraçar raízes culturais — fado, popular e tendências contemporâneas — num diálogo harmonioso.
Que seja — apenas — o princípio de um legado duradouro, que ecoará — para sempre.
Mediante a influência de “História da Minhota” — de Sebastião Antunes —, “Ritinha” imortaliza um desencontro amoroso?
Eternizando a beleza e a vitalidade de um pacto, o single enaltece a repercussão ousada do afeto, nomeadamente o carinho familiar, a cumplicidade das relações e a grandeza material da partilha.
Ao acreditar — levemente — que a esperança nunca se extingue, a vida assume contornos vigorosos.
A herança eborense determina a roupagem. Que efeito retém uma canção — fruto de (efêmeras) vagas de inspiração e de um processo “menos à toa”?
As ruas ancestrais compõem o epicentro de um berço identitário inovador.
Mais do que um cenário, Évora desperta e fortalece os vínculos, que nos sustentam e materializam sonhos, encorajando sentimentos e recordações.
Dedicados a construir repertório, o aprimoramento incessante espelha-se em colaborações inusitadas — como LUA ou Archie?
É uma honra.
Distanciando-nos da zona de conforto, os feats viabilizam o cruzamento de perspetivas e originam o nascimento de uma linhagem, recheada de visões e pensamentos — fora da caixa —, que pretendemos continuar a experienciar — com uma magia extra e um hype diferenciador.
“Hora de Ponta” é trend no YouTube, desvelando uma amostra (realista) do próximo curta-duração — a ser editado pela Valentim de Carvalho?
A 100%.
Preparámos inúmeras novidades, que envolverão sinergias, possibilidades musicais — espontâneas — e surpresas, ampliando interpretações e crescimentos mútuos — ao lado de talentos estimulantes.
O que vem — daí — assegura corresponder às expetativas.
Celebrando uma década, a cidade Invicta voltou a acolher-vos — de braços abertos. O concerto — no Hard Club — ficará para a história?
Atuar numa sala esgotada — em nome próprio — refletiu um capítulo singular e irrepetível, que consagrou a dedicação e o empenho de uma carreira consistente.
O ânimo vibrante de um ambiente — superlotado de amigos e profissionais — metamorfoseou a noite numa solenidade inesquecível, elevando memórias, que transcendem o tempo.