CI -Estudantes do ensino secundário mergulham na Física de Partículas, no IPBeja
Nas próximas semanas, estudantes do ensino secundário de todo o mundo vão ser convidados a passar um dia nos institutos e universidades mais próximas, experimentando a vida na investigação de ponta. As Masterclasses Internacionais em Física de Partículas dão aos estudantes a oportunidade de serem físicos de partículas por um dia.
Este programa mundial abre aos jovens investigadores uma janela para as fronteiras da física. Numa Masterclass Internacional em Física de Partículas, dão a possibilidade aos participantes de analisarem dados reais recolhidos nas experiências do acelerador LHC do CERN, com a supervisão de físicos.
Este ano, as Masterclasses vão decorrer entre Fevereiro e Abril, atraindo estudantes de mais de 40 países de todo o mundo.
A ideia principal do programa anual é levar os estudantes a vestir a pele de um cientista e trabalhar como os físicos na realidade.
“Os estudantes ficam com uma ideia de como se faz hoje a investigação em física moderna, trabalhando diretamente com físicos de partículas e usando dados reais das colisões no LHC”, disse Michael Kobel, professor de física na Universidade Técnica de Dresden e responsável pelo programa internacional.
Os participantes vão conseguir analisar os resultados das colisões entre protões que viajam ao longo dos 27 km do acelerador a velocidades muito próximas da velocidade da luz no vazio.
Podem ainda, redescobrir o bosão Z ou a estrutura do protão, reconstruir partículas “estranhas” ou medir a vida média da partícula D0. Um dos pontos altos é a procura de bosões de Higgs.
Cientistas em 210 universidades e laboratórios em 45 países em todo o mundo recebem as Masterclasses Internacionais em Física de Partículas nas suas instituições. Os participantes do programa vêm de países como a Argentina, India, Peru, Portugal, Eslovénia e Venezuela.
O IPBeja participa neste programa no dia 11 de março, em que espera receber 80 estudantes das escolas da região.
Francisco Serafim, professor de física, aguarda este acontecimento com entusiasmo: “Os alunos adoram o programa. Entusiasmam-se com a análise de dados reais do LHC e com a possibilidade de dialogar com os físicos no CERN”
Para culminar o ambiente de trabalho científico real, cada Masterclass termina com uma videoconferência, em que grupos de estudantes de diferentes institutos se ligam a dois moderadores no CERN (Genebra, Suíça) ou Fermilab (Batavia, Illinois, USA) para discutir os respetivos resultados.