Exames nacionais vão deixar de ser obrigatórios para terminar o secundário, mas continuam a ser necessários para entrar na universidade
Os exames nacionais vão deixar de ser obrigatórios para a conclusão do ensino secundário. No entanto, vão continuar a ser necessários para a entrada dos alunos nas universidades e passam a valer metade na nota de acesso ao ensino superior.
A proposta que o Governo tem estado a negociar com os parceiros do setor da educação prevê alterações a partir de 2024 e 2025, que serão introduzidas de forma gradual.
De acordo com a proposta do Governo, os exames passam a valer pelo menos 50% na nota que permite ingressar na universidade. As novas regras estabelecem que os estudantes terão no mínimo três exames obrigatórios nacionais – antes da pandemia eram quatro – para ingressar no ensino superior. O exame de português, será um dos exames obrigatórios.
Já a classificação final do secundário, em sentido contrário, passará a valer menos, devendo valer apenas 35% – até agora, o cálculo entre a média de secundário e o valor dos exames, era ao contrário.
Desta forma, passaria a existir uma “distinção entre o que é a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior”, adiantou o ministro da Educação, João Costa, na quarta-feira, 4 de janeiro de 2023.
Pedro Teixeira, secretário de Estado do Ensino Superior, acrescentou a possível introdução de um contingente especial para os alunos desfavorecidos, à semelhança, do que já existe para militares ou estudantes de regiões autónomas – prevê-se que os beneficiários do primeiro escalão do abono de família, fiquem com 1% das vagas de cada curso, em cada fase do concurso de acesso.