Uma Escola dinâmica, ativa, e com um sentido de missão e compromisso muito fortes. É assim que descrevemos a Escola Secundária Jorge Peixinho, depois de termos estado à conversa com a diretora Maria João Serra. Vem connosco conhecer o ADN desta Escola!
Nas informações disponíveis no site da vossa escola, a escola secundária Jorge Peixinho está descrita como instituição pública comprometida com formação integral dos jovens e adultos, a cultura, a qualidade e inovação. Cada escola tem o seu ADN e os seus valores, quais são os valores e missão da Escola Secundária Jorge Peixinho?
Em termos de valores, somos ambiciosos… queremos alcançar vários tipos de valores, desde os valores estéticos, à criatividade, até aos valores da inclusão, do respeito, da solidariedade, da cooperação, responsabilidade e liberdade. A cidadania, a participação, o sentido de justiça. Estes são alguns dos valores que estão inscritos no nosso projeto educativo. Acho que são valores muito abrangentes, mas também dou muita importância aos valores estéticos, à criatividade por exemplo.
Como é que se transmitem esses valores aos alunos durante o período no qual frequentam a vossa escola?
Primeiro, através do exemplo. Depois, nós temos várias áreas dedicadas precisamente a esta questão. Por exemplo, na nossa escola do ensino básico, nós temos os DAC que são os Domínios de Autonomia Curricular, através dos quais tentamos concretizar a aprendizagem destes valores de uma forma implícita e mesmo explícita. Também temos a cidadania, quer no básico, no secundário, ou nos cursos profissionais. Importa realçar que a Escola Secundária Jorge Peixinho é uma escola não agrupada, que vai do 7º ao 12º ano e abrange ainda cursos profissionais. Também temos um espaço próprio que criámos, designado por: “Espaço Turma e Projetos”. Este é um espaço específico para aprendizagem destes valores, mas não só, estão outras áreas implícitas também. E também temos a oferta de escola, claro.
Esta é uma escola dinâmica e ativa em termos de projetos e atividades que dinamiza. Como é que se consegue envolver e motivar uma comunidade estudantil jovem a participar nestes projetos?
Tenho sorte de ser diretora de uma escola assim. Primeiro, penso que o nosso pessoal docente é empenhado com os seus alunos, são professores muito profissionais e dedicados. Portanto, querem que os seus alunos vivam experiências para além do currículo formal e trabalham nesse sentido. Nós, agora, estamos a retomar a nossa participação nos projetos depois da paragem devido à pandemia. Por exemplo, estão, neste momento, a decorrer vários torneios desportivos aqui na escola. Mas temos muitos outros projetos e os alunos também correspondem e participam. No fundo, os professores são muito empenhados e os alunos correspondem e eu sou a sortuda por ser a diretora desta escola.
À vossa escola foi atribuído o selo de Escola Saudável. Quais são as práticas ecológicas implementadas que valeram a atribuição deste selo?
Sobretudo a criação do nosso gabinete, o GIES: Gabinete de Inclusão e Educação para a Saúde. Este é um gabinete muito procurado pelos nossos alunos e nele tenta transmitir-se os valores que pautam uma vida saudável. Este é um gabinete de grande sucesso na nossa escola. Também temos o nosso refeitório onde as refeições que são de vários tipos, são confecionadas com a supervisão de uma nutricionista, temos vários tipos de refeições. Servimos também uma refeição vegetariana que é bastante concorrida pelos nossos alunos. Todas as vertentes do Gabinete de Inclusão e Educação para a Saúde deram-nos esse selo de bastante prestígio para a escola.
Sente que os alunos estão mais sensibilizados para as práticas ambientais?
Penso que essa pré-disposição foi um pouco afetada por estes dois anos de pandemia. É um trabalho que temos de retomar.
Quais são as consequências ou os efeitos dos últimos dois anos de pandemia que já são visíveis nos alunos?
Não podemos ter ainda uma conclusão determinante, mas já temos várias pistas. Mais alunos com sintomas de ansiedade, temos alunos muito ansiosos. Nota-se um bocadinho a falta de motivação, de rigor nas tarefas. Mas também a alegria de estar na escola e nunca mais experimentar em voltar para a casa. Mas para já, o mais evidente é ao nível da saúde mental.
Sabemos que o projeto Erasmus + faz parte dos vossos projetos, como é que funciona o Erasmus na vossa escola?
O Erasmus na nossa escola funciona de muitas maneiras. Agora estamos a tentar candidatar-nos a um projeto do ensino básico. Mas, há bem pouco tempo, enviámos um número bastante elevado de alunos para fazerem estágio na Finlândia. Somos ainda, parceiros de vários países, como: A Polónia, Turquia, Itália… No âmbito de vários projetos, nomeadamente, um que diz respeito aos cursos profissionais e à integração de alunos em estágios internacionais.
Para concluir, o que gostava que um aluno que saísse da vossa escola dissesse sobre o período em que aí estudou?
Que, na Escola Secundária Jorge Peixinho encontrou os amigos de uma vida.
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