Com a música O Sol, Vitor Kley conquistou o Brasil, tornando-se num dos artistas mais conceituados da música brasileira, o que lhe abriu portas para Portugal. Com temas nas rádios e em novelas, com passagens por grandes palcos e festivais portugueses, o cantor brasileiro é um dos artistas mais ouvidos por cá! Vitor Kley esteve à conversa com a Mais Educativa e contou-nos tudo sobre a sua carreira!
Aos 11 anos recebeste uma guitarra, foi aí que começou o sonho?
Com 11 anos eu recebi a guitarra, mas na verdade o sonho começou antes. Voltando um pouco atrás na história, eu tinha 9 anos e a minha mãe ensinou-me a tocar em casa, com 10 eu já escrevia e ela inscreveu-me em aulas de música. Um ano depois, eu já estava a fazer um curso de guitarra e não tinha guitarra, tocava com guitarras emprestadas pela escola. O meu pai sabia que eu estava muito dedicado, feliz com a música e um dia ofereceu-me uma guitarra. Mas, acho que o sonho começou antes, com 9 anos, quando a minha mãe me ensinou e fui contagiado pelo bichinho da música.
Em vez de artista podias ter sido tenista! O que te fez escolher a música em vez de seguires o percurso do teu pai?
Exatamente! Na verdade, eu queria ser tenista, aos 14 ou 15 anos. Tinha gravado um disco e continuava a jogar. Era miúdo, jogava ténis e também fazia música. Diziam-me sempre muito bem das músicas, mais do que do ténis, até que um dia eu percebi isso e pensei “realmente é por aqui que eu tenho de seguir, eu sou muito feliz a fazer música, todos gostam, é esse o caminho!”. E, aos poucos a vida foi me levando para o caminho da música, mas tenho um carinho imenso pelo ténis, ensinou-me muita coisa, não só em campo mas na vida também.
O primeiro álbum foi publicado quando tinhas 13 anos, o Eclipse Solar. A Bolha é o mais recente, publicado 12 anos depois! Como é que o Vitor do presente olha para o Vitor do passado?
Olhando para o Vitor do passado, eu tenho muita gratidão por ele. Se eu encontrasse o Vitor do passado, eu diria “Muito obrigado, é muito bom teres mantido a essência!”. Como se o mais novo falasse para o mais velho, “Que bom que manteve a essência!”. Porque eu continuo a ser o mesmo, com os mesmos sonhos loucos, de dominar o mundo com a música, dominar de uma maneira boa e tocar em estádios e fazer bem às pessoas, a essência permanece. E eu tenho muito orgulho no Vitor do passado, por tudo o que ele fez tão novo e nunca teve medo! Sempre com felicidade e alegria, resolveu tudo da forma melhor possível, fez as coisas sempre para o bem.
Como é o processo de criação das tuas canções?!
É com a guitarra. É no estúdio, mas sempre com a guitarra. Às vezes, em alguns momentos não a tenho, no avião ou autocarro, por isso vou anotando num bloco de notas do telemóvel ou num caderno que eu tenho. Eu vou anotando e imagino logo qual é a nota que eu vou tocar na guitarra. É a minha melhor amiga, está sempre ali para me dar apoio, para que as minhas ideias passem a canções! E, quando perguntam se primeiro faço a música na guitarra ou a letra, eu digo que não tem uma regra. Às vezes é a letra, eu faço uma base na guitarra e depois ponho uma letra em cima. Eu sou muito observador, então, qualquer palavra que dizem, qualquer história que eu vivo, que as pessoas vivem e me contam, pode se transformar em música. Tudo pode ser música!
Quais são as tuas maiores influências?
A maior, acho que é Supertramp. Também gosto muito de Bryan Adams e Cazuza. Do rock gosto de Foo Fighters, AC/DC e Red Hot Chilli Peppers, entre outras…Freddy Mercury e Queen são incríveis também. Gosto de muita coisa, mas acho que Supertramp é a maior de todas, porque foi o meu pai que me ensinou a ouvir, e eu acho incrível desde sempre! Quando falam de Supertramp eu fico “wow”, é a minha banda favorita! Existe também uma banda que eu gosto muito, mas mesmo muito: Oasis!
As tuas músicas têm sempre frases marcantes e bonitas, como “lembranças são boas, mas olhar nos olhos das pessoas é bem melhor” ou “quero-te amar sem medo, sorrir sem saber porquê, o amor é o segredo que falta a gente entender”. Gostas de deixar sempre uma mensagem forte nas canções?
Eu gosto sempre de deixar uma mensagem forte que marque as pessoas. Quando ouvirem a música e depois quiserem falar, dizem: “sabes aquela música que diz que ‘que o amor é o segredo’?”. Quero que marquem as pessoas, por isso, eu tento sempre por frases e palavras que se destaquem, na cabeça e no coração das pessoas. Quando a gente consegue encaixar uma frase forte com a rima e o arranjo da guitarra combina, é algo muito especial! Tipo: “wow, é isso! É aquela ‘quero-te amar sem medo, sorrir sem saber porquê, o amor é o segredo que falta a gente entender’”. Pum! Tá aí! É isso! Que bom!