Exames, pré-requisitos, pedidos de senhas, pesquisas, colocações, matrículas, ahhhhhhh! Nós sabemos, são demasiadas coisas em que pensar e decisões a tomar: mas não faças da tua candidatura ao Ensino Superior um bicho de sete cabeças. Estamos aqui para te ajudar e para te mostrar que, embora não pareça, é tudo muito simples (e que não precisas de ficar com a cabeça feita em água no processo!). Este guia serve exatamente para te organizar as ideias! Vamos a isso?
ESCOLHER UM CURSO… UM DÓ LI TÁ?
Presumimos que não queiras deixar esta escolha tão importante para o teu futuro nas mãos de uma lengalenga, e, portanto, deixamos-te aqui algumas dicas sobre o que deves ter em conta na escolha de uma área.
Na hora H, deves ter em atenção:
• A tua média do Ensino Secundário
• As Provas de Ingresso pedidas pelo curso/instituição
• As tuas capacidades
• Os teus objetivos para o futuro
• E mais importante que tudo… a tua paixão!
PRECISAS DE AJUDA?
Se quiseres ficar a conhecer toda a oferta de cursos disponíveis, podes começar por explorar o Índice de Cursos da Direção-Geral de Ensino Superior (DGES). Se ainda estás indecis@ relativamente àquele curso que até parece ser a tua onda, pode ser vantajoso pesquisares sobre as Unidades Curriculares do curso em questão. Contactares com alguém que já esteja nesse curso pode também ser uma ajuda à tua decisão, bem como discutir o assunto com a tua família e amigos. Poderás ainda usufruir dos Dias Abertos, dias em que as instituições abrem as portas e te apresentam as instalações e o programa de cursos.
Por fim, podes sempre usufruir da Orientação Escolar e Profissional, disponível na maior parte dos estabelecimentos de ensino. O objetivo do serviço é ajudar-te na escolha de um futuro, pelo que se a tua escola tiver este tipo de orientação disponível é de se aproveitar!
UMA COISA DE CADA VEZ! O QUE É QUE EU FAÇO AGORA?
Estás na reta final do teu Ensino Secundário, as dúvidas são muitas e o stress já faz parte da rotina. Mas não te preocupes: mantém os chakras alinhados que nós guiamos-te neste caminho!
Estes são os passos que deves seguir para te candidatares ao Ensino Superior público:
• Verificar se o curso/instituição a que te queres propor exige pré-requisitos ou outro tipo de provas, e informares-te sobre as datas.
• Pedir o boletim de inscrição nos Exames Nacionais à tua escola, preenchê-lo e entregá-lo. É neste boletim que, por exemplo, irás definir que os teus exames sejam usados como Provas de Ingresso. Este ano em específico, o prazo de entrega foi alargado, e deverás enviar o boletim para o endereço disponibilizado pela tua escola.
• Pedir a senha que te dará acesso à página eletrónica da DGES, para que, mais à frente, procedas à tua candidatura online ao Ensino Superior público.
• Depois de realizares todos os Exames Nacionais, deverás pedir à tua escola a Ficha ENES, uma ficha que apresenta a tua média final do Ensino Secundário, entre outras informações – funciona quase como um currículo até ao momento! Se recorreres à segunda fase dos Exames Nacionais, podes pedir este documento depois de obteres os resultados dessa fase.
• Depois destes passos concluídos, deverás então proceder à tua candidatura online ao Ensino Superior, na qual deves ter alguns fatores em conta.
EXAMES NACIONAIS E PROVAS DE INGRESSO
Está a chegar a fase dos Exames Nacionais e o nervosinho miudinho já inquieta, não é? Sabemos que tens de estudar e, por isso, queremos ajudar-te ao máximo para que fiques a entender como tudo funciona sem grande esforço ou perda de tempo! Depois de realizares os Exames Nacionais, receberás, pouco tempo depois, a tua nota (estamos a torcer por ti!). É importante relembrar que se reprovaste na primeira fase, estás automaticamente inscrito na segunda fase, e que não podes realizar um exame na segunda fase sem ter realizado o de primeira fase. Num ano normal, se quiseres apenas melhorar a nota, terás de te inscrever. No entanto, este ano não será possível fazer melhorias das notas internas. Mantém em mente que, quando o exame é obrigatório, conta 30 por cento para a tua nota final da unidade curricular.
Enquanto Prova de Ingresso, o exame pode contar entre 35 a 50 por cento no cálculo da nota de candidatura. Este valor vai variar e depender de cada instituição, e atenção: cada curso tem as suas Provas de Ingresso e pode pedir uma ou duas provas. Os exames realizados em primeira fase podem ser utilizados como Provas de Ingresso em todas as fases de candidatura (1ª, 2ª e 3ª), enquanto que os exames realizados em segunda fase podem ser utilizados apenas na segunda e terceira fases de candidatura. A validade de um exame para ser usado como Prova de Ingresso é de três anos, a contar desde a sua realização. Ou seja, poderás ingressar no Ensino Superior com exames que tenhas realizado como Prova de Ingresso em 2018, 2019 ou 2020. Este ano, tens a opção de anulares a tua inscrição em exames que não são necessários à tua candidatura e que não necessitas para seres aprovado na disciplina.
COMO FUNCIONA A CANDIDATURA ONLINE AO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO?
É importante que não te esqueças disto: existem três fases de acesso ao Ensino Superior! Depois de realizares os Exames Nacionais e de obteres os resultados, deverás proceder à tua candidatura online através do site da DGES. Na tua candidatura online, poderás escolher até seis opções de cursos e respetiva instituição. Os teus cursos de eleição devem então ser colocados por ordem de preferência: do que mais gostas ao que menos gostas. Quando receberes os resultados sobre a tua colocação da primeira fase, deves matricular-te para que não percas a vaga – mesmo que te vás candidatar na segunda fase a uma opção que prefiras. Se na tua primeira colocação não ficaste no teu curso predileto, podes sempre tentar a tua sorte na segunda ou na terceira fase.
Se obtiveres alguma vaga na segunda fase, perdes automaticamente a vaga da primeira fase, por isso certifica-te que é mesmo essa a opção que queres! Quando receberes as colocações desta segunda fase deves também matricular-te para não perderes a vaga. O mesmo acontece na terceira fase: se conseguires entrar, perdes a vaga anterior, e deves matricular-te para garantires o teu lugar. Estas fases existem exatamente para que tu tenhas mais oportunidades de entrar naquela que é a tua primeira opção, ou em cursos que prefiras ao invés daquele em que obtiveste vaga!
PRÉ-REQUISITOS: O QUE SÃO?
Alguns cursos e respetivas instituições exigem pré-requisitos, pelo que é de máxima importância que verifiques com antecedência se é esse o caso do teu curso predileto! Estes pré-requisitos podem ser de natureza física, funcional ou vocacional, e, por norma, realizam-se entre fevereiro e março. Existem dois tipos de pré-requisitos:
• Pré-requisitos de pré-matrícula: são provas de aptidão realizadas antes da candidatura, na instituição a que te propões.
• Pré-requisitos de matrícula: são comprovações documentais, como por exemplo atestados médicos, que terás de apresentar no ato de matrícula.
ENSINO PRIVADO E CONCORDATÁRIO: COMO POSSO CANDIDATAR-ME?
Se te quiseres candidatar a uma instituição privada ou concordatária, terás de o fazer na própria instituição ou em plataformas próprias que as instituições disponibilizem. Nas páginas eletrónicas das instituições poderás ver os calendários das candidaturas.
CONCURSOS LOCAIS: EM QUE CASOS SE APLICAM?
Existem cursos específicos para os quais te podes candidatar através de concursos locais. Isto porque existem instituições que recorrem a este tipo de concursos, como é o caso do Ensino Artístico, Policial ou Militar. O concurso local é realizado quando o candidato necessita de uma aptidão específica, que deverá ser avaliada pela instituição. Para que tal seja possível, o candidato deverá realizar, dependendo da área, uma prova performativa, teórica ou física. É importante relembrar ainda que existem várias fases, para que também neste caso tenhas várias oportunidades para entrar no teu curso de sonho. Os concursos locais obedecem a normas fixadas, e deverás contactar a instituição à qual te candidatas para obteres as informações necessárias.
O QUE É ISTO DA PREFERÊNCIA REGIONAL?
Está relacionado com o teu local de residência e dá-te um benefício ou vantagem relativamente aos que não são da mesma zona. Isto quer dizer que existe uma percentagem do total de vagas que dá prioridade e preferência a alunos de determinado local, na área de influência da instituição. Assim, poderás candidatar-te através da preferência regional, caso o curso/instituição que queiras aplique este regime.
Deverás então solicitar o teu código de preferência regional ao pedires a Ficha ENES e indicá-lo na tua candidatura. Na candidatura online, deverás colocar nas primeiras opções os cursos que te interessam na instituição da tua área de residência, uma vez que as restantes opções fora dessa instituição não vão usufruir de preferência regional. Mas atenção: nem todas as instituições oferecem esta vantagem, pelo que deverás informar-te sobre aquela a que te propões.
Texto de: Beatriz Cassona
Fica a conhecer a edição de 2020/2021 do Guia de Acesso ao Ensino Superior da Mais Educativa aqui!