A proposta governamental faz parte da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa, durante a próxima década (2020-2030) e vai estar em discussão durante este mês de abril.
O objetivo é aumentar a utilização da bicicleta 15 vezes até 2030, incentivando a mobilidade ativa e sustentável com vista a uma diminuição da poluição automóvel e níveis de CO2 no ar.
A partir de uma notícia avançada pelo Público, o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, esclarece que esta matéria “não tem que entrar no currículo das escolas”, nem faz “sentido criar uma disciplina para a bicicleta”. O pretendido “é levar as bicicletas às escolas, com algo em torno das atividades circunsculares ou outras – há uma série de formatos possíveis”.
A estratégia passa por criar condições através de uma aprendizagem gradual, ao longo dos níveis de escolaridade. Pretende-se que os alunos ganhem competências ao nível da mobilidade em bicicleta, tanto de manipulação do veículo como de cidadania rodoviária. No 1.º ciclo, as aulas poderão ser dadas num espaço fechado, em contexto protegido. Já no 2.º e 3.º ciclos podem passar para a via pública.
O Governo está ainda “a tentar avaliar a possibilidade de alargar a cobertura do seguro escolar para integrar os jovens que vão de bicicleta para a escola”. Pequenos contributos, sublinha, “que permitem criar um contexto favorável, de segurança e apoio que permitirão que mais pessoas usem a bicicleta”.
Em Lisboa, há já pelo menos uma escola em que os alunos aprendem a andar de bicicleta sozinhos. Na Escola Básica dos Coruchéus, em Lisboa, os professores vêm da escola Os Coelhinhos para ensinar de forma gratuita através de um protocolo realizado com a Junta de Freguesia de Alvalade. Só no ano passado lecionaram 1545 crianças de 14 escolas a andar de bicicleta.
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