Já terminou o Concurso Europeu de Jovens Cientistas, e os dois projetos que representaram Portugal trouxeram dois prémios para o nosso país. Uma prova da qualidade do trabalho na ciência portuguesa.
Uns são de Oliveira do Bairro, outros são do Porto, mas todos os seis jovens cientistas portugueses que estiveram em Tallinn, na Estónia, para participar no Concurso Europeu de Jovens Cientistas, mostraram a qualidade da ciência que se faz em Portugal.
Um dos projetos portugueses – o EasyPark – ganhou o Prémio Governamental da Cidade de Tallinn, no valor de 1000 euros, que é atribuído a projetos que revelem ter um elevado potencial de aplicação no desenvolvimento urbano ou que vão ao encontro daquelas que são as mais recentes tendências das smartcities.
Os jovens Beatriz Bastião, Luís Pinto e Olavo Saraiva foram os autores do EasyPark, um projeto de engenharia cujo foco é a redução das desigualdades sociais, e que segundo os seus autores vai “melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência física e aumentar a sua independência”, através da instalação de um pilarete automático em cada local de estacionamento prioritário, a ser ativado a partir da leitura de matrícula, para impedir que as pessoas estacionem ilegalmente.
O segundo dos trabalhos lusos – chamado ShealS – Sea Heals Soil também foi premiado, com o direito a participar na Intel ISEF 2018, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia. Os seus criadores são três jovens cientistas do Colégio Luso-Francês do Porto – Francisca Martins, Eduardo Nogueira e Gabriel Silva – que apostaram na área das Ciências do Ambiente para desenvolver um fungicida natural à base de extratos de algas da costa portuguesa, que é eficaz no combate à Phytophthora cinnamomi, um oomiceta que não reage a nenhum dos fungicidas que estão no mercado e que faz parte da lista dos 100 fitopatogénicos exóticos invasores mais prejudiciais a nível mundial.
Promovido pela Comissão Europeia, o Concurso Europeu de Jovens Cientistas contou com a participação de cerca de 200 jovens cientistas oriundos de 38 países. As duas equipas portuguesas foram apuradas a partir da 11ª Mostra Nacional de Ciência, promovida pela Fundação da Juventude.
[Foto: Fundação da Juventude]