Mais de um quarto dos portugueses diz que não ajuda os filhos com os trabalhos de casa. A conclusão é do estudo Que perceções têm os portugueses sobre o valor da educação?
Falta de conhecimentos (11%), falta de tempo (7%) ou simplesmente por acharem que os filhos não precisam de apoio (8%). Estas são as justificações dadas pelos pais portugueses, de acordo com o estudo Que perceções têm os portugueses sobre o valor da educação?, uma iniciativa do EDULOG, think tank da Educação da Fundação Belmiro de Azevedo.
Outra das conclusões do estudo remete para a associação entre o nível de escolaridade dos pais: Quanto mais elevado é, maior é a ajuda prestada aos filhos nas atividades escolares, e mais de 90% dos pais com estudos superiores afirma ajudar habitualmente os filhos com os trabalhos de casa, enquanto apenas 21% dos inquiridos com escolaridade até ao 1º ciclo declaram fazê-lo.
Habitualmente, são as mães quem asseguram, na qualidade de Encarregado de Educação, a relação parental com a escola, nomeadamente nas reuniões. Cerca de 87% das mães portuguesas afirmam desempenhar esse papel, contra apenas 35% no caso dos pais. Mas apesar de não estarem presentes na escola, 59% dos pais declaram estar a par dos assuntos tratados nas reuniões, e somente 6% os desconhecem.
O estudo revela ainda que os portugueses não estão satisfeitos com o seu próprio grau de escolaridade. No entanto, apesar de 62% dos inquiridos afirmarem que gostariam de ter mais estudos, apenas 28% revelam a intenção de voltar a estudar. Verifica-se também que quanto mais elevado o grau de escolaridade, maior o desejo de regressar aos estudos: 13% dos indivíduos que têm escolaridade até ao 2º ciclo pensam fazê-lo, face a 55% dos que têm estudos superiores. A idade é a principal razão pela qual os portugueses não voltam a estudar – 61% dos inquiridos.